Geral
Semana Mundial da Amamentação reforça apoio à saúde do bebê
Campanha de 2025 tem o lema “Priorizemos a Amamentação” e destaca a importância do aleitamento materno.
Entre os dias 1º e 7 de agosto, é celebrada a Semana Mundial da Amamentação 2025, que este ano traz como tema: “Priorizemos a Amamentação: Construindo Sistemas de Apoio Sustentáveis”. A campanha internacional, promovida pela World Alliance for Breastfeeding Action (WABA) em parceria com Organização Mundial de Saúde (OMS), UNICEF, Ministérios da Saúde e sociedade civil, destaca o aleitamento materno como prática essencial para a saúde, o desenvolvimento e a equidade, além de ser uma ação com impactos positivos para o meio ambiente.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem atuado para contribuir com a conscientização sobre a importância da amamentação. Desde 2015, através do Movimento Parto Adequado, a reguladora contempla ações em prol do aleitamento materno junto aos hospitais participantes. A iniciativa tem como objetivo prevenir riscos em crianças menores de dois anos, uma vez que o leite materno é o alimento mais rico e apropriado à saúde do bebê e essencial para seu crescimento e desenvolvimento.
“Na ANS, reconhecemos a importância de estimular a amamentação, tanto pelos seus benefícios nutricionais quanto pela proteção que oferece contra infecções, alergias e outros agravos à saúde do bebê. Para apoiar essa prática, desenvolvemos iniciativas como o Movimento Parto Adequado e a Certificação em Boas Práticas, que engajam operadoras de planos de saúde na promoção do cuidado materno-infantil desde o nascimento”, afirmou a diretora-adjunta de Desenvolvimento Setorial da Agência, Angélica Carvalho.
Agosto Dourado
Inspirado no conceito da “Hora Dourada”, que representa a primeira hora de vida do recém-nascido junto à mãe, o Agosto Dourado simboliza o mês de conscientização sobre a importância da amamentação. O contato imediato após o parto, pele a pele, estimula o vínculo entre mãe e bebê, favorece a liberação da ocitocina — hormônio fundamental para a descida do leite —, e aumenta as chances de sucesso na amamentação.
Estudos reforçam que esse contato inicial ajuda o bebê a encontrar o seio, reconhecendo o cheiro da mãe e os sons familiares desde a gestação. A prática é recomendada inclusive para partos cesáreos e prematuros clinicamente estáveis.
Benefícios para a saúde do bebê e da mãe
O leite materno é considerado um alimento completo e individualizado, com propriedades nutricionais e imunológicas únicas. Além de conter prebióticos que favorecem a flora intestinal do bebê, o aleitamento melhora a resposta imunológica, reduz infecções e potencializa o efeito das vacinas.
A amamentação também contribui para o desenvolvimento cerebral, fortalece o vínculo mãe-bebê e pode atuar como analgésico natural por conter beta-endorfina. Mesmo em casos especiais, como o de mães adotivas, internações ou dificuldades iniciais, há estratégias e apoio profissional que possibilitam manter ou iniciar a amamentação.
Amamentação e parto adequado
A ocitocina, hormônio liberado naturalmente durante o trabalho de parto e a amamentação, é fundamental para o início da produção de leite. Partos com menor intervenção, sempre que possível, facilitam esse processo. Mesmo após cesáreas, o aleitamento é possível — e desejável —, desde que a mãe conte com ambiente e equipe acolhedores.
Nesse sentido, o Movimento Parto Adequado tem como objetivo qualificar a atenção à saúde materna e neonatal. Atualmente em sua terceira fase, a iniciativa foca em segurança, equidade e na promoção de uma experiência positiva no parto. Para estimular boas práticas, a ANS implementou o Programa de Certificação em Boas Práticas na Atenção Materna e Neonatal (CBP-Parto Adequado), que incentiva operadoras e hospitais da saúde suplementar a adotarem medidas como o início da amamentação ainda na sala de parto. Como forma de apoiar esse processo, a ANS criou o Projeto Cuidado Integral à Gestante e ao Neonato – Parto Adequado, em parceria com o Institute for Healthcare Improvement (IHI) e o Hospital Israelita Albert Einstein. A iniciativa visa aprimorar a qualidade da atenção na Linha de Cuidado Materna e Neonatal e auxiliar operadoras interessadas a obterem, de forma voluntária, o selo CBP-Parto Adequado.
Dicas importantes:
- A amamentação deve ser iniciada ainda na primeira hora de vida do bebê, sempre que possível.
- O leite materno exclusivo é recomendado até os 6 meses de idade e pode ser mantido com alimentação complementar até os 2 anos ou mais.
- Mães precisam de rede de apoio e orientação especializada. A presença de profissionais qualificados em lactação faz toda a diferença.
- O Banco de Leite Humano é uma opção segura para quem precisa de apoio ou deseja doar leite.
Matrículas abertas na UNA-SUS em cursos sobre aleitamento materno
A UNA-SUS está com dois cursos com matrículas abertas para quem deseja se capacitar nesse tema tão fundamental para a saúde infantil. A capacitação é uma ferramenta de extrema importância para ampliar conhecimentos, fortalecer práticas de apoio à amamentação e multiplicar saberes que podem transformar vidas. Aproveite essa oportunidade para se tornar um agente de promoção do aleitamento materno e contribuir para o desenvolvimento saudável das crianças.
- Amamenta e Alimenta Brasil: recomendações baseadas no Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos
O curso foi desenvolvido para profissionais da saúde que enfrentam desafios na Atenção Primária à Saúde (APS) relacionados ao aleitamento materno e à introdução da alimentação complementar. Além disso, é requisito para a formação presencial de tutores da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil. O conteúdo aborda a promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável para crianças menores de 2 anos, alinhado à educação permanente em saúde e aos princípios da educação crítico-reflexiva, no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS).
Matrículas aqui até 20 de outubro de 2025.
- Reconhecendo a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL): formação para Profissionais da Rede de Atenção à Saúde
O curso aborda os benefícios do aleitamento materno, a proteção legal dessa prática e a alimentação saudável na primeira infância, incluindo um panorama da NBCAL e seus instrumentos legais. Também trata dos impactos da publicidade da indústria de alimentos para lactentes e crianças pequenas, conforme a NBCAL, e dos padrões exigidos para a rotulagem de produtos como bicos, chupetas e mamadeiras. Além disso, apresenta as formas de monitoramento do cumprimento das normas, a atuação dos governos e empresas na proteção do aleitamento materno e os procedimentos para denunciar infrações.
Matrículas aqui até 20 de fevereiro de 2026.