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Vacina da Fiocruz combate surto de febre amarela em Angola

- Ascom SE/UNA-SUS



A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem feito reuniões de emergência para tratar da melhor maneira a epidemia de febre amarela em Angola. Do início do ano até 12/5, foram registrados 2.420 casos suspeitos de febre amarela e 298 mortes, em um surto que começou em dezembro e se concentra principalmente na capital, Luanda. A OMS entrou em contato com os produtores da vacina de febre amarela no mundo, incluindo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), para conter a epidemia. Até agora, o Instituto forneceu um milhão de doses, podendo entregar mais futuramente.

Foto: Divulgação Fiocruz

Em meio a preocupações de que o vírus vai se espalhar para outras áreas urbanas e para os países vizinhos, uma campanha de vacinação em larga escala foi lançada em fevereiro e, até agora, chegou a 7,5 milhões de pessoas. Porém, mesmo com esses esforços, a doença já se espalhou para pelo menos quatro países: República Democrática do Congo (551 casos suspeitos, 55 mortes), Uganda (50), China (11) e Quênia (2), sendo esses últimos confirmados. O risco de se transformar numa epidemia internacional é bem real, diz a OMS. Na República Democrática do Congo, espera-se a chegada dentro de dias a Kinshasa de 2,2 milhões de vacinas.

A OMS entrou em contato com Bio-Manguinhos em março deste ano. No início de maio, representantes da organização e da PATH (uma ONG que atua globalmente na área da saúde) visitaram o Instituto para discutir melhorias nos processos de fabricação da vacina e para estudar a possibilidade de fornecer mais doses. “Eles estão consultando os países produtores e pedindo o maior número de doses possível. Até o momento têm previstos cerca de 18 milhões de doses ainda para 2016, sendo 5,6 milhões de Bio”, informou a gerente do Departamento de Relações com o Mercado de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Denise Lobo.

A missão do Instituto é atender, prioritariamente, ao Brasil e o excedente da produção é voltado para o público internacional, de acordo com a demanda. “Frente a esse pedido, nós tivemos uma conversa com o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Nos comprometemos a entregar 28 milhões de doses no decorrer do ano de 2016 e utilizar a capacidade produtiva extra para atender à África”, contou a gerente. Ela complementa dizendo que já foi utilizada toda a reserva estratégica do Grupo Internacional de Coordenação da OMS, que era de seis milhões de doses.

Confira a reportagem completa no site de Bio-Manguinhos/Fiocruz.

 

Fonte: Agência Fiocruz