Curso
UNA-SUS/UFMG lança nova oferta de curso sobre o manejo da Malária na Atenção Primária à Saúde
Com carga horária de 60h, o curso volta devidamente atualizado ao portal de ofertas para contribuir com a diminuição da morbimortalidade da doença por meio do diagnóstico oportuno e tratamento adequado.
Com 156.629 casos registrados em 2019, a malária ainda é um grande desafio enfrentado pela saúde brasileira. E, com o aparecimento de casos em áreas não endêmicas, tal quadro se complica ainda mais.
Diante desse cenário, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), instituição integrante do Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), relança o curso Malária na Atenção Primária à Saúde. Ofertada em 2018 e 2019, a capacitação volta devidamente atualizada para o portal de ofertas educacionais da UNA-SUS.
O curso é livre, gratuito, autoinstrucional e tem início imediato. As matrículas podem ser realizadas até 30 de junho de 2021, pelo link.
A oferta educacional foi desenvolvida em parceria com as Secretarias de Vigilância em Saúde (SVS) e de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde.
Com carga horária de 60h, a qualificação tem como objetivo ampliar o conhecimento dos profissionais de saúde que atuam na atenção básica, em regiões endêmicas e não endêmicas para malária no Brasil, a fim de contribuir para a diminuição da morbimortalidade por meio de diagnóstico oportuno e tratamento adequado.
Segundo o coordenador-geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças Vetoriais do Ministério da Saúde, Marcelo Wada, o diagnóstico da malária é fácil e rápido. No entanto, a falta de suspeição da doença ocasiona o atraso no diagnóstico e, consequentemente, no tratamento, o que pode agravar o quadro do paciente. “Isso ocorre mais frequentemente em áreas de menor incidência e também quando há outras epidemias simultaneamente causadas por doenças como a dengue, por exemplo. Conhecer o diagnóstico e saber que os tratamentos variam de acordo com a espécie parasitária e o peso/idade do paciente é o que vai garantir a melhora e cura do paciente e evitar o óbito”, explica.
Wada destaca que apesar de poucos os casos de malária fora da Amazônia Legal, a letalidade da doença é muito superior por falta de diagnóstico e tratamento oportuno. “Por isso, precisamos de profissionais capacitados para identificar os principais sintomas, os riscos epidemiológicos e solicitar o diagnóstico em tempo adequado”, pontua.
Dividido em quatro unidades, o curso traz os aspectos gerais da doença ao abordar a epidemiologia e o ciclo do parasita; diagnóstico epidemiológico, clínico e laboratorial; tratamento; e, por fim, discute questões de vigilância epidemiológica, prevenção e controle.
A ideia é que o curso forneça os subsídios necessários para que a atenção básica se aproprie da assistência ao paciente com malária, especialmente aqueles profissionais que não trabalham em área endêmica e podem não estar acostumados a pensar em malária quando, por exemplo, um usuário adentra a unidade de saúde com febre.
Para isso, o curso apresenta vídeos e casos clínicos que orientam como o profissional de saúde pode abordar o paciente e qual a melhor forma de conduzi-lo ao diagnóstico e tratamento. Também faz uso de recursos educacionais que envolvem modelagem 3D e animação gráfica, que auxiliam na assimilação das principais práticas e conceitos.
“A malária é uma doença que pode ser eliminada do nosso país, mas o caminho é longo e o trabalho deve ser constante. Precisamos que todos os profissionais se capacitem, conheçam e atuem na luta contra a malária, para caminharmos sempre em direção a eliminação”, incentiva Wada.
Para saber mais sobre esse e outros cursos UNA-SUS, acesse: www.unasus.gov.br