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Uma criança de seis anos é o primeiro caso diagnosticado de difteria na Espanha desde 1987

- Ascom SE/UNA-SUS



Uma criança de seis anos que vive na cidade catalã de Olot (Girona) deu entrada no hospital com o primeiro caso registrado de difteria na Espanha desde 1987.

As autoridades de saúde catalãs confirmaram que o menino não tinha sido imunizado contra essa doença infecciosa, apesar dos programas gratuitos de vacinação oferecidos pelos serviços públicos de saúde da Espanha.

“O Embaixador russo para Espanha conseguiu trazer o medicamento de Moscou para Barcelona por via aérea no começo da manhã da segunda-feira.”

De acordo com as informações obtidas pelo EL PAÍS, ele não tinha sido vacinado porque seus pais são contra essa prática.

Foto: Divulgação El Pais/Getty

A criança, que foi inicialmente levado ao hospital local e rapidamente transferido para o centro Vall d’Hebron de Barcelona, encontra-se no momento em uma unidade de terapia intensiva.

Ele está sendo tratado com uma antitoxina, droga que o ministro da saúde teve que procurar em diversos cantos do mundo. A Organização Mundial da Saúde e as autoridades sanitárias dos Estados unidos da América estão entre aquelas às quais o ministro pediu ajuda. “O problema é que atualmente ninguém tem essa doença. Todo mundo está vacinado,” disse o secretário geral do serviço de saúde, Rubén Moreno, ao EL PAÍS.

Por fim, o embaixador russo para Espanha conseguiu trazer o medicamento de Moscou para Barcelona por via aérea nas primeiras horas da manhã da segunda-feira. Mais doses devem chegar na noite da terça-feira.

A difteria é uma doença infecciosa causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que geralmente afetam crianças menores de cinco anos de idade e adultos com mais de 60. Ela se propaga por meio do contato direto ou pelo ar e pode causar graves problemas respiratórios.

Os últimos dois pacientes com difteria na Espanha foram tratados em 1987, de acordo com o Ministério da Saúde.

Um em cada 10 pacientes more por complicações derivadas dos primeiros sintomas

A vacina existente não protege contra a infecção, e sim contra os efeitos da toxina que a bactéria produz. De acordo com a Sociedade de Vacina Espanhola, os programas de vacinação sistemática na Espanha têm coberto mais de 90 por cento da população.

Recentemente, as campanhas contra a vacinação – devido ao seu risco indireto - ganharam terreno entre os pais, particularmente nos Estados Unidos da América. O secretário geral para o serviço de saúde, Rubén Moreno, chamou essas campanhas de “irresponsáveis.” E continuou: “As consequências de não vacinar uma criança podem ser dramáticas. O direito à vacinação é para criança e não para os pais decidirem.”

 

Fonte: El Pais, traduzido por Sérgio Gaudêncio/UNA-SUS