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Tire suas dúvidas sobre a vacina contra o HPV

- Ascom SE/UNA-SUS



A campanha de vacinação contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV, já começou. A vacina, usada na prevenção do câncer de colo do útero, passa a ser ofertada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 11 a 13 anos.  

Confira o material que o Blog da Saúde preparou e tire suas dúvidas sobre a vacina:

1. Como funcionará a vacinação contra o HPV no SUS?

Em 2014, o Ministério da Saúde incluiu a vacina contra o HPV no Calendário Nacional de Vacinação e ela será fornecida gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde, a meninas de 11 a 13 anos. O Ministério da Saúde recomenda que a primeira dose (de um total de três) seja aplicada nas escolas publicas e privadas que aderiram à estratégia a partir de 10 de março. A vacina também estará disponível nas 36 mil salas de vacina da rede pública de saúde durante todo o ano.

2. Quem deve tomar a vacina?

Em 2014, a população-alvo da vacina contra o HPV será composta por meninas de 11 a 13 anos. Em 2015, serão vacinadas as adolescentes de 9 a 11 anos e, a partir de 2016, serão vacinadas as meninas que completam 9 anos de idade. Com isso, o Brasil, em apenas dois anos, protegerá as meninas de 9 a 13 anos – faixa etária que melhor se beneficia da proteção da vacina. No caso da população indígena, serão vacinadas meninas de 9 a 13 anos em 2014 e de 9 anos de idade a partir de 2015.

3. Por que o Ministério da Saúde incluiu a vacina contra o HPV no Calendário Nacional de Vacinação?

O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, o terceiro tipo mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama e de cólon e reto. Por isso, a incorporação da vacina no calendário nacional tem o objetivo de prevenir o câncer de colo do útero. Com a introdução da vacina no SUS, espera-se a redução da incidência e da mortalidade por essa doença. Estima-se que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido ao câncer de colo do útero. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil óbitos em 2014. Com a vacinação, também será possível a prevenção de verrugas genitais e outros tipos de câncer induzidos pelo HPV.

4. Qual é a meta de vacinação para 2014?

A meta é vacinar pelo menos 80% do grupo-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas na faixa etária de 11 a 13 anos em 2014. Com uma alta cobertura vacinal ocorre uma “imunidade coletiva ou de rebanho”, ou seja, há a possibilidade de redução da transmissão mesmo entre as pessoas não vacinadas.

5. Por que o Ministério da Saúde estabeleceu a faixa etária de 9 a 13 anos?

A vacina adotada no SUS – chamada de quadrivalente - é altamente eficaz contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, sendo que os tipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo. A idade mais favorável à vacinação é a faixa etária entre 9 a 13 anos, porque é neste período que a vacina garante maior proteção, já que as adolescentes não iniciaram a vida sexual, e, por isso, não estiveram expostas ao vírus.

6. Por que o Ministério da Saúde não incluiu os meninos na estratégia de vacinação?

Como o objetivo desta estratégia de vacinação é reduzir casos e mortes ocasionados pelo câncer de colo do útero, a vacinação será restrita ao sexo feminino. Estudos comprovam que os meninos passam a ser protegidos indiretamente com a vacinação no grupo feminino (imunidade coletiva), havendo drástica redução na transmissão de verrugas genitais entre homens após a implantação da vacina contra o HPV como estratégia de saúde pública.

7. Como o Ministério da Saúde irá sensibilizar os pais sobre a importância de vacinar suas filhas contra o HPV?

Os pais serão informados a partir de materiais informativos distribuídos pelo Ministério da Saúde, assim como as adolescentes e profissionais de saúde e educação. Esses materiais esclarecem os objetivos da vacinação e a sua relevância como medida de saúde pública para a redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo do útero. Campanhas publicitárias na televisão, cartazes, mídia em geral, redes sociais e grupos de jovens serão, ainda, estratégias utilizadas para sensibilização.

8. Como funcionará a vacinação nas escolas?

As secretarias municipais de Saúde foram orientadas a programar a vacinação nas escolas públicas e privadas que aderiram à estratégia a partir do dia 10 de março. As instituições de ensino devem informar, com antecedência, aos pais ou responsáveis a data de vacinação. A recomendação do Ministério da Saúde é de que a primeira dose (de um total de três) seja aplicada nas escolas, as demais nos serviços de saúde. Na escola, a vacina será aplicada em ambientes seguro e adequado e por profissionais de saúde.

9. Para ser vacinada nas escolas, a adolescente precisa de autorização dos pais? E nos postos de saúde?

A vacinação contra o HPV é uma importante ação de saúde pública para a prevenção do câncer de colo do útero. Os pais que não quiserem que seus filhos sejam vacinados nas escolas deverão preencher o Termo de Recusa de vacinação contra HPV entregue pela própria escola e enviar para a instituição de ensino durante o período em que o ocorrer a vacinação nessas localidades. Nas unidades de saúde, a adolescente que queira se vacinar deve apresentar a caderneta de vacinação ou documento de identidade, sem a necessidade de autorização dos pais ou responsáveis.

10. Se a adolescente não puder comparecer no período de vacinação na escola, ela poderá vacinar em outro momento?

Sim. A vacina estará disponível nas unidades de saúde.

Para capacitar os profissionais de saúde que irão atuar na campanha de vacinação, a UNA-SUS lançou, em 28 de fevereiro, o curso Capacitação - Vacinação contra o HPV. O curso, ofertado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), apresenta os aspectos relacionados ao papilomavírus humano, bem como a sua relação com o câncer do colo de útero. Os trabalhadores serão instruídos, ainda, sobre as ações necessárias à operacionalização da campanha de vacinação e os aspectos relacionados ao registro nominal da vacinação e à cobertura vacinal. Para se inscrever, clique aqui.

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Fonte: Blog da Saúde