Institucional

Tecnologias e Tendências Educacionais em Saúde

Mesas do primeiro dia da 25ª Reunião da Rede UNA-SUS abordaram as inovações das TICs para a área da saúde

- Ascom SE/UNA-SUS



Visando a melhor interação com os alunos, a busca pelo avanço de Tecnologias e Tendências Educacionais se torna imprescindíveis para UNA-SUS. Para falar sobre o tema durante a 25ª Reunião da Rede, que acontece em Salvador, a consultora Lina Barreto e o engenheiro de software da SE/UNA-SUS, Onivaldo Rosa Junior, apresentaram a ferramenta elaborada para oferecer o curso de capacitação para Desenhistas Instrucionais da Rede UNA-SUS, Programa de Formação Modular que será lançado no dia 13 de dezembro.

O objetivo é capacitar membros das universidades da Rede para que sejam capazes de gerenciar o processo de produção de cursos online. Entre os temas, estão os padrões e princípios tecnológicos da UNA-SUS, elaboração de storyboard, ares e direitos autorais, design de interfaces digitais.

A ferramenta criada é totalmente compatível com dispositivos móveis e traz funcionalidades inovadoras para um curso online, como a possibilidade de realizar anotações dentro do próprio ambiente e uma micro rede social. Os conteúdos são apresentados prioritariamente no formato de vídeos e conta também com leituras complementares e atividades de reflexão.

“O DI tem que ousar, entender as principais teorias da educação, entender quais são as melhores mídias para cada projeto”, sinalizou Lina.

Desenvolvimento de jogos sérios para EaD

A multidisciplinaridade no desenvolvimento de jogos sérios para ead – estratégia bastante utilizada por diversas universidades da Rede - foi tema da mesa mediada por Katherine Marjore, gerente de projetos da UNA-SUS/UFMA.

A professora Rita Maria Tarcia, da UNIFESP, tratou dos aspectos relevantes na produção de jogos sérios na ead em saúde. Trouxe reflexão de Walter Longo, que diz que estamos saindo da idade média para a idade mídia, no qual cada um de nós começa a construir o próprio processo, atendendo alunos dos mais diversos perfis. “Aprender significa mudar, é preciso mudar para evoluir”, afirma.

A professora explica que a superação de desafios depende de planejamento, método e estratégias e a ação educativa é sempre orientada por um processo de tomada de decisão de uma equipe multidisciplinar. Essas ações são baseadas no perfil dos alunos e, para a UNA-SUS, são pessoas na faixa de 24 a 45 anos, muito ligada em novas tecnologias, como jogos e vídeos. “O processo de tomada de decisão não é do game, mas da ação educativa como um todo, que diz respeito a construção de uma iniciativa de aprendizagem”, explicou.

Em sua fala sobre ferramentas tecnológicas no auxílio do desenvolvimento de jogos sérios em EaD, o programador Dilson Rabelo, da UNA-SUS/UFMA trouxe a definição de jogos sérios, que consciente em programas ou aplicativos desenvolvidos com objetivo de transmitir um conteúdo educacional ou treinamento. Games podem ser, por exemplo, simuladores, para que possam ambientar o usuário a um ambiente real. “A proposta dos jogos educacionais é ensinar o aluno de uma forma lúdica”.

O papel da narrativa no design de jogos sérios em EaD em saúde foi tratada pela professora da UFSC e no LAB/DSI, ligada a Saite (UNA-SUS/UFMA), Luciane Fadel. Falou sobre a teoria do Flow, que afirma que uma atividade precisa ser desafiadora, mas que seja possível de superação e motivação. E essa é a base dos jogos.

Para esse tipo de recurso, a narrativa ajuda a criar uma imersão do usuário no ambiente, criando mais engajamento.

 “O jogo é sempre um realce da realidade”. No nosso caso, temos jogos com objetivos de treinamento, em que o aluno estará tão envolvido com a narrativa, que a aprendizagem flui.

Com um animado jogo de par ou ímpar recompensado por uma balinha para os vencedores da plateia, a professora Daniella Munhoz, do laboratório de design de sistemas da informação da UFPR, falou sobre mecânicas de jogos no desenvolvimento de jogos sérios, como: regras, alternativas, tomada de decisão, condição de vitória, incerteza, recompensa.

Por fim, o que acontece no jogo é a memória da experiência, que é diferente das outras interações que temos.

Durante a tarde também ocorreu a oficina Desafios da abordagem pedagógica nos cursos de especialização EaD, apresentado por Rita Tarcia, da UNIFESP e Andrija Oliveira, da UFBA.

Texto: Claudia Bittencourt

Fotos: Cissa Paranaguá