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Rock in Rio tem campanha de prevenção ao HIV/aids

- Ascom SE/UNA-SUS



O Ministério da Saúde vai realizar campanha de prevenção ao HIV e aids no Festival Rock in Rio durante o período do evento, que começou na última sexta-feira (18) e vai até 27 de setembro. A campanha tem como objetivo chamar a atenção e conscientizar a população, especialmente os jovens, sobre a importância de usar camisinha, fazer o teste de HIV e o iniciar o tratamento, em caso de soropositividade.

A ação faz parte da nova estratégia, promovida pelo Ministério da Saúde, de estender a campanha do carnaval a outras festas populares, realizadas ao longo de todo o ano. Lançada em 1º de dezembro do ano passado (Dia Mundial de Luta contra Aids), a campanha abrange festas que acontecem em todas as regiões do país: juninas do Nordeste, do Peão em Barretos (SP), Parintins (AM) e a Octoberfest (Blumenal-SC), além de festas do orgulho gay.

Os materiais usam a gíria “#partiu teste”, linguagem típica da faixa etária dos jovens, prioritária para a campanha. As peças publicitárias para rádio, anúncios em revistas e vídeos em metrô, também serão veiculadas nas redes sociais. Também haverá a utilização de telefones celulares, para envio de mensagens.

Nessa ação, jovens do Rio de Janeiro, com aparelhos pré-pagos, na faixa etária entre 16 a 24 anos, receberão um SMS: “Fale de graça! Fale de graça! Fale de graça agora! E junte-se na luta Contra a AIDS e divulgue a hashtag #partiuteste Ligue *4040 e saiba como!”. A partir da ligação, o jovem ouvirá o spot da campanha para ganhar os créditos. 

PRESERVATIVOS - Além das peças publicitárias, foram instaladas 18 máquinas de preservativos que irão disponibilizar 50 mil camisinhas no Aeroporto Santos Dumont, durante o período da campanha. Até julho deste ano, foram distribuídos, para todo o país, 296,6 milhões de preservativos.

Este ano, a adoção da política de combate ao HIV e aids no país comemora 30 anos de história. O Brasil tem adotado ao longo dos anos, e principalmente nos últimos dois anos, uma série de medidas de ampliação da testagem de HIV em populações chaves, além de facilitar o acesso de medicamentos, com a incorporação de novas formulações mais fáceis de serem utilizadas pelas pessoas vivendo com HIV e aids.

Essas políticas refletiram na redução da mortalidade e a morbidade do HIV. Desde 2003, houve uma queda de 15,6% na mortalidade dos pacientes com aids no país. A taxa caiu de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes, em 2003, para 5,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2013.

NÚMEROS AIDS – Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no país. A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos de aids, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos novos ao ano. A epidemia tem se concentrado, principalmente, entre populações vulneráveis e os mais jovens. Em 2004, a taxa de detecção entre jovens, de 15 a 24 anos, era de 9,6 casos a cada 100 mil habitantes. Em 2013, a taxa de detecção foi de 12,7 casos por 100 mil habitantes, nesta faixa etária.

 

Fonte: Ministério da Saúde, por Nivaldo Coelho