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PNI faz 48 anos levando milhões de doses de vacinas aos brasileiros

São mais de 300 milhões de doses de imunizantes distribuídas todos os anos pelo PNI e aplicadas nas mais de 38 mil salas espalhadas pelo Brasil.

- Ascom SE/UNA-SUS



A vacinação em massa foi responsável, ao longo da história, por controlar, eliminar e erradicar doenças que antes causavam centenas de milhares de mortes ou deixaram sequelas irreversíveis ao redor do mundo. Um exemplo bem-sucedido foi a vacinação contra a varíola, que matava cerca de 400 mil pessoas por ano na última metade do século 18 e que foi erradicada graças a essa ação. Também foram as vacinas as responsáveis por eliminar a poliomielite, a rubéola e a síndrome da rubéola congênita, além de reduzir a ocorrência de doenças como a febre amarela, difteria, hepatite B, dentre muitas outras.

Formulado em 1973 e comemorando 48 anos neste sábado (18), o Programa Nacional de Imunizações (PNI) é um patrimônio de todos os brasileiros e orgulho do Sistema Único de Saúde (SUS). O PNI surgiu como um instrumento de organização e implementação das ações de imunização no Brasil, baseando-se no perfil epidemiológico, nas dimensões geográficas, nas especificidades da população-alvo. A partir desse momento, a vacinação no país ganhou força e se tornou um braço fundamental de política de saúde pública.

Desde que Oswaldo Cruz enfrentou a Revolta das Vacinas no Rio de Janeiro, em 1904, numa época em que havia muita desconfiança e resistência contra as vacinas, o povo brasileiro tem se tornado cada vez mais consciente e buscado se proteger contra mais de 20 doenças por meio das vacinas ofertadas pelo PNI. São mais de 300 milhões de doses de imunizantes distribuídas todos os anos pelo PNI e aplicadas nas mais de 38 mil salas de vacinação espalhadas pelo Brasil.

O programa vem se fortalecendo a cada ano, pela organização e coordenação das ações de vacinação em diferentes cenários e especificidades, atuando como protagonista e de forma interfederativa com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

A partir de agora, você vai conhecer mais sobre a estrutura do PNI e saber como funciona o trabalho do Programa, que envolve uma logística complexa e estudos para elaborar estratégias para campanhas de vacinação, em conformidade com a dimensão do país e as especificidades da população.

Calendário e carteirinha

Ao longo do tempo, conforme a evolução das tecnologias para criação de novas vacinas, e o acúmulo de expertise do Brasil para vacinar, o Calendário Nacional de Vacinação foi sendo adequado à situação epidemiológica e novos imunizantes foram sendo incorporados para a proteção da população. O calendário brasileiro abrange todos os ciclos da vida: crianças, adolescentes, adultos e idosos, além de indicações diferenciadas para as necessidades de públicos como povos indígenas, gestantes e militares. Todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) fazem parte desse calendário. Hoje, são 49 produtos imunobiológicos disponíveis, entre vacinas, soros e imunoglobinas. Entre eles, estão vacinas que são indicadas desde o primeiro mês de vida.

Todas as doses são registradas na Carteira Nacional de Vacinação. Hoje, ela também ficou mais moderna e está dentro de um aplicativo de celular, o Conecte SUS Cidadão. O objetivo do Ministério da Saúde é que os brasileiros possam acessar todas as vacinas tomadas ao longo da vida pelo celular.


Covid-19

Desde o começo da pandemia, quando o primeiro caso da Covid-19 foi identificado no Brasil, o PNI já estava trabalhando para acompanhar a evolução de todas as vacinas Covid-19 e na elaboração da operacionalização da campanha de vacinação. Quando o primeiro imunizante teve a autorização emergencial aprovada pela Anvisa, o país estava pronto para vacinar em massa.

A vacinação contra a covid-19 é uma ação prioritária para o combate à pandemia. Para operacionalização da vacinação contra a covid-19 o PNI, em conjunto com estados e municípios, elaboraram as estratégias de vacinação e distribuição de vacinas Covid-19 para todo o país.

Graças ao esforço de milhares de pessoas, as vacinas estão disponíveis gratuitamente nos 5.570 municípios do País. A campanha já imunizou mais de 136 milhões de pessoas com pelo menos uma dose de vacina. Até o momento, já foram aplicadas mais de 216 milhões de doses. Esses bons resultados já refletem na redução da ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e também na diminuição das médias móveis de casos e óbitos, que estão próximos aos patamares de dezembro de 2020.

Logística para distribuição das vacinas

Do laboratório fabricante até a sala de vacinação da unidade de saúde, as vacinas percorrem um longo e complexo caminho. São mais de 300 milhões de doses para 38 mil salas de vacinação, que precisam estar abastecidas com todos os tipos de imunizantes para garantir a cobertura vacinal dos moradores de cada município brasileiro. Para isso, o Ministério da Saúde conta com uma equipe logística que se preocupa, principalmente, com as condições e o tempo que a vacina vai chegar até o braço de quem vai se imunizar.

Para garantir que as vacinas estejam na temperatura ideal até a aplicação, existe a Rede de Frio, que é responsável pelo armazenamento e conservação das doses. São 27 Centrais Estaduais e 273 Regionais e municipais, além de uma Central Nacional.

Depois que a estratégia é definida e está tudo certo com as vacinas, começa a operação logística do Ministério da Saúde para distribuir todas as doses para os estados e Distrito Federal, buscando a maneira mais ágil para o deslocamento. A partir desse ponto, é o governo do estado que faz a distribuição das doses para cada município. Já os municípios são responsáveis pela logística e abastecimento das salas de vacinação.