Curso

Paternidade é tema de novo curso da UFSC sobre Saúde do Homem

A ideia é utilizar a paternidade como estratégia para a inserção dos homens na agenda dos serviços de saúde para uma melhor qualidade de vida e saúde familiar.

- Cissa Paranaguá



Profissionais de saúde interessados em aprofundar os conhecimentos relacionados às peculiaridades da atenção referente à saúde do homem, já podem se inscrever no mais novo curso Paternidade e Cuidado. Com carga horária de 30h, o curso é livre, totalmente gratuito e tem início imediato. As matrículas podem ser realizadas até 30 de novembro de 2019, pelo link.

A oferta foi desenvolvida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com o Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Nacional de Saúde do Homem (CNSH/DAPES/SAS/MS). O objetivo é mostrar a importância do envolvimento dos futuros pais na paternidade como um todo, de forma que possa orientá-los a se inserirem em todas as etapas da gestação de seus filhos, parto, puerpério, bem como orientar os homens que já são pais a vivenciarem a experiência de forma mais ampla, mediante cuidados relacionados ao desenvolvimento da criança, saúde e bem-estar das mulheres e das crianças.

“O curso traz a paternidade como estratégia para a inserção dos homens na agenda dos serviços de saúde para uma melhor qualidade de vida e saúde familiar”, destacou a coordenadora do curso, Sheila Rubia Lindner.

Para isso, são trabalhados os conceitos de família e paternidade de forma ampliada, considerando as diversas formações que vão além do modelo tradicional, onde pais e mães vivem juntos em uma casa com seus filhos e filhas. “É preciso compreender que há laços sanguíneos entre um homem e seus filhos, mas também há laços entre os filhos de padrastos, avôs, tios, irmãos mais velhos, amigos etc. – homens que, muitas vezes desempenham a função paterna com carinho, amor e compromisso”, enfatizou a coordenadora.

Dividido em três unidades, o curso traz logo no início um panorama da saúde do homem com o bem-estar em família, relacionando temas de sua vivência pessoal e profissional. “Nesse contexto, também são trabalhados estigmas e/ou rótulos sobre questões de gênero, bem como os desafios enfrentados pelos homens na execução de uma paternidade participativa”, explica Lindner.

A segunda unidade apresenta o “Pré-natal do parceiro” - uma estratégia formulada recentemente, por iniciativa da Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH) – e mostra de que forma ela pode contribuir para que conceitos e recomendações previamente descritos no curso sejam implementados sob a lógica da gestão e dos serviços do SUS.

Por fim, o terceiro e último capítulo aborda as diferentes configurações familiares que podem ser apresentadas no cotidiano e aponta a importância do profissional da saúde em reconhecer e cuidar da paternidade diante dessa diversidade (pais adolescentes, pais solteiros, adotivos e pais gays).

Além disto, a coordenadora acredita que o profissional da saúde pode servir de incentivo para que esse homem passe a adotar um estilo de vida mais saudável, e frequente regularmente os serviços de saúde, - sobretudo os da Atenção Básica, orientando-o e à sua família dos benefícios que a incorporação desses pais e da paternidade, pelos serviços, gestores, trabalhadores e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), trazem para a saúde das mulheres, das crianças e deles próprios.

Para saber mais sobre esse e outros cursos UNA-SUS, acesse www.unasus.gov.br/cursos.