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OPAS lança iniciativas para monitorar ações e programas do Ministério da Saúde

- Ascom SE/UNA-SUS



Durante um congresso que reuniu cerca de 4,5 mil pessoas na semana passada, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) lançou três iniciativas que visam à integração dos diferentes atores da área de saúde e à divulgação de conhecimento e informação sobre programas do Ministério da Saúde.

Um dos projetos apresentados foi a Plataforma de Conhecimentos do Programa Mais Médicos. O portal é fruto de uma parceria entre a agência da ONU e a Rede de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO).

O objetivo é contribuir para o desenvolvimento de uma base de dados de investigações consistentes, a fim de acompanhar e monitorar a produção de evidências científicas sobre o Programa.

“A OPAS, como organização baseada em conhecimento, entende que divulgar e compartilhar saberes é um fator de democratização: ao disponibilizar, facilita o livre aceso ao conhecimento”, afirmou a consultora da agência da ONU, Raquel Abrantes Pego, em evento do 12º Congresso da Rede Unida.

A Organização também lançou o Laboratório de Inovação da Gestão do Trabalho na Saúde. Com o projeto, a agência pretende mobilizar profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), representados pelas respectivas Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais, Consórcios, Fundações Públicas, além dos movimentos sociais, a fim de promover práticas inovadoras em saúde pública.

A iniciativa foi concebida em parceria com o Ministério da Saúde e o Observatório de Recursos Humanos em Saúde da Universidade de Brasília (UnB).

O especialista em Sistemas de Saúde da OPAS/OMS, Fernando Leles, destacou que “o que temos que defender é o SUS universal, gratuito, com cobertura integral, que propõe ações de equidade”.

“Precisamos valorizar o SUS neste momento político difícil. Temos que avançar e lutar pelo fortalecimento da Saúde da Família, dos profissionais de Saúde, discutir o papel da União, dos estados e dos municípios, debater o financiamento. O fundamental é que nós sejamos parte da minoria criativa que luta pelo fortalecimento do SUS”, afirmou.

O coordenador da Unidade Técnica de Sistemas e Serviços de Saúde da OPAS, Gerardo Alfaro, ressaltou que cerca de 200 milhões de pessoas na América Latina não têm o acesso efetivo garantido a cuidados de saúde de qualidade.

Segundo o especialista, pelo menos 60% dos países das Américas declarem direta ou indiretamente que a saúde é um direito de todos os seus habitantes.

Ao longo do congresso, a OPAS também apresentou a nova versão do Portal Saúde Baseada em Evidências (Portal SBE), elaborada pela agência, pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), pelo Ministério da Saúde e pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Fonte: ONUBR