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OPAS lança guia de primeiros cuidados psicológicos para trabalhadores de campo

- Claudia Bittencourt



Diante de situações de urgência e/ou de crise causadas por desastres naturais ou acidentes, pessoas e comunidades são afetadas de diferentes maneiras. A publicação Primeiros cuidados psicológicos: um guia para trabalhadores de campo, elaborada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e traduzida para o português pela Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil (OPAS), com apoio do Ministério da Saúde, constitui-se uma ferramenta importante para oferecer assistência direta a indivíduos e comunidades, além de organizar a resposta relacionada a situações sanitárias e sociais.

Apesar do nome, os primeiros cuidados psicológicos incluem tanto apoio psíquico quanto o social. Foto: Flickr/UCI UC Irvine (CC)

Com informações simples e acessíveis, este material pode contribuir para formar pessoas, leigas ou não, com o objetivo de auxiliar indivíduos e comunidades atingidas respeitando sua cultura, sua dignidade e sua história.

Os primeiros cuidados psicológicos têm sido recomendados por muitos grupos de especialistas nacionais e internacionais, incluindo o Comitê de Interagências (IASC) e o Projeto Sphere, sendo uma alternativa à entrevista psicológica que é feita com as pessoas afetadas logo após a ocorrência de evento traumático, chamada de “debriefing psicológico”.

Em 2009, o grupo de desenvolvimento das diretrizes do Programa de Ação Global para Superação das Lacunas em Saúde Mental da OMS (mhGAP) avaliou evidências presentes na primeira atenção dada às pessoas afetadas e concluiu que os primeiros cuidados psicológicos deveriam ser oferecidos a pessoas em estresse agudo logo após terem sido expostas a um evento traumático, em substituição ao “debriefing psicológico”. Os primeiros cuidados psicológicos são uma resposta humana e de apoio às pessoas em situação de sofrimento e com necessidade de apoio. Não é algo apenas para profissionais e não envolve uma discussão detalhada sobre o evento que causou o sofrimento, como o “debriefing psicológico”.

As orientações apresentadas são apenas um modelo e deverão ser necessariamente adaptadas ao contexto local onde serão desenvolvidas.

Para acessar a publicação, clique aqui.

Fonte: ONU Brasil