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OMS diz que número de não-fumantes no mundo deve subir até 2025

- Ascom SE/UNA-SUS



A Organização Mundial da Saúde afirma que o número de não-fumantes no mundo é agora de 3,9 bilhões de pessoas, ou seja 78% da população mundial com 15 anos ou mais de idade.

E segundo a OMS, esta é uma tendência que veio para ficar. Os dados constam de um relatório da agência que retratou o consumo do tabaco numa pesquisa com pessoas acima de 15 anos.

Pelas estimativas da agência, até 2025 mais de oito em cada 10 cidadãos, nessa faixa etária, não fumarão.

Doenças crônicas

O relatório Global da OMS sobre Tendências no Uso do Tabaco foi lançado na 16ª. Conferência Mundial sobre Tabaco e Saúde, realizada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, na semana passada.

Especialistas da OMS e outras agências internacionais analisaram ainda o efeito do tabaco sobre doenças crônicas como câncer, diabetes, doenças coronárias e pulmonares. E o consumo de tabaco mata.

Estatísticas da agência revelam que 38 milhões de pessoas perderam a vida para doenças crônicas em 2012 por usar produtos derivados do tabaco. Deste total, cerca de 75% são de países de baixa e média rendas.

O tabaco é responsável por 10% dessas mortes. De acordo com especialistas, metade dos fumantes atuais vai morrer dos efeitos do consumo do tabaco, o que representa cerca de 6 milhões de pessoas por ano.

Além disso, o relatório citou um aumento no número de mortes prematuras. O número pulou de 14,6 milhões em 2000 para 16 milhões em 2012.

A OMS diz que essas mortes poderiam ter sido evitadas combatendo quatro fatores de risco que são: alimentação inadequada, sedentarismo e o consumo nocivo e exagerado de bebidas alcoolicas e de tabaco.

Mesmo com a redução, o consenso no encontro foi de que os governos têm que fazer muito mais para reduzir o consumo, proteger a saúde pública e combater os efeitos nocivos da indústria do tabaco.

Seguindo à risca a receita, a OMS espera que o número de não-fumantes suba para 5 bilhões em 2025 ou 81% dos cidadãos com mais de 15 anos em todo o mundo.

A médica brasileira Vera Luiza da Costa e Silva, chefe do Secretariado da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, acredita que "o movimento global contra a epidemia do tabaco é forte e os índices de queda no consumo comprovam esse fato".

Ainda de acordo com o estudo, houve mais desistência no caso das mulheres. A quantidade das fumantes caiu em 156 países entre 2000 e 2012. Já o número de homens fumantes baixou em 125 nações.

 

Fonte: Brasil Post