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Nova vacina contra ebola será testada em 30 mil voluntários na Libéria

- Claudia Bittencourt



Autoridades de saúde na Libéria estão começando a testar uma nova vacina contra o vírus ebola em um grupo de 30 mil voluntários. Isso representa um grande aumento no número de pessoas que receberão a vacina em comparação com testes anteriores, que envolviam cerca de 200 pessoas no Reino Unido, nos Estados Unidos, na Suíça e no Mali.

No entanto, estes primeiros testes constituíram a primeira fase de pesquisa da vacina, que servia para verificar o quão segura ela é para uso em humanos. Resultados publicados pela empresa farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) em novembro de 2014 sugerem que a vacina tem um "perfil de segurança aceitável".

Entre os efeitos colaterais encontrados estão febre, dor no corpo e mal estar, mas estes sintomas desapareceram após alguns dias. Nesta segunda fase, os testes terão como objetivo checar a eficácia da vacina contra o ebola.

Nova vacina usa material genético de duas variedades do vírus

Voluntários

Esta vacina usa um tipo de vírus de gripe encontrado em chimpanzés como portador do material genético de duas variedades do ebola, entre elas a responsável pela epidemia na África Ocidental. Nos testes feitos na Libéria, os voluntários serão divididos em três grupos. Um deles será composto por 10 mil voluntários e receberá a nova vacina.

Outro grupo receberá placebo, e um terceiro receberá uma vacina-controle para ajudar a medir a eficácia da nova vacina. Os cientistas verificarão como o sistema imunológico dos pacientes reage à droga para avaliar se ela realmente os protege contra o ebola.

A ampliação da vacinação e testes para outros países afetados pelo surto, como Serra Leoa e Guiné, dependerá dos resultados obtidos na Libéria e da aprovação por autoridades em saúde destes países e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Como serão os testes

• A vacina usa um tipo de vírus de gripe encontrado em chipanzés como portador do ebola.

• Estão sendo usados materiais genéticos de duas variedades do vírus, inclusive da reponsável pelo surto no África Ocidental.

• 30 mil pessoas se voluntariaram para participar dos testes, entre elas profissionais de saúde que estão lidando com pacientes na África.

• A vacina foi desenvolvida em conjunto pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e pela Okairos, uma empresa de biotecnologia da companhia farmacêutica GlaxoSmithKline.

Fonte: BBC Brasil