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Ministério da Saúde e Facebook firmam parceria

- Ascom SE/UNA-SUS



O Ministério da Saúde e o Facebook anunciaram nesta segunda feira (30) uma parceria para incentivar a doação de órgãos no país. A nova funcionalidade visa estimular os usuários a expressarem seu desejo em serem doadores de órgãos no Brasil. Com a iniciativa, o Facebook assume a missão de agregar e cadastrar possíveis doadores, entre os mais de 37 milhões de usuários da rede social no país.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “esta é mais uma ferramenta que contribuirá para a nossa campanha de incentivo, temos que usar as redes sociais para mobilizar e engajar pessoas que apoiam a causa. Precisamos fazer com que esta ideia seja multiplicada e alcance o maior número de pessoas”, destacou durante a coletiva de imprensa em que anunciou a parceria.

O Facebook passará a ter entre suas funcionalidades na Linha do Tempo, a opção de o usuário expor seu desejo de doar órgãos. O internauta poderá adicionar a informação de que é doador e compartilhar sua história sobre quando, onde e porque decidiu se tornar um.

O Ministério da Saúde utiliza as redes sociais, desde 2009, para se aproximar cada vez mais da sociedade, esclarecendo dúvidas, recebendo sugestões e trabalhando para aprimorar o Sistema Único de Saúde (SUS).

Situação da doação de órgãos no Brasil

O Brasil bate recorde ao registrar 13,6 doadores por milhão de população (PMP) já no primeiro quadrimestre do ano de 2012, meta era prevista para 2013. O Brasil fechou o ano de 2011 com 2.048 doadores. Nesse primeiro quadrimestre, o país registrou aumento de 29% no número de doadores - 726 doadores -, comparado ao mesmo período do ano passado – 564. 

No primeiro quadrimestre 2012 foram realizados 7.993 transplantes. Um crescimento de 37% comparado ao mesmo período de 2011, quando foram notificados 5.842. A região Norte registrou aumento de 109% e a região Centro-Oeste teve 103%. O transplante de coração teve crescimento de 61%. O índice nacional era de 11,4 doadores pmp em 2011e, em 2010, o índice ficava em 9,9. A meta do Ministério da Saúde é chegar a 15 doadores por milhão de população em 2015.

“Atingimos um patamar importante e hoje o Brasil é uma referência. O país possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Hoje, 95% das cirurgias são realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma totalmente gratuita à população”, destaca ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Para que o índice continue crescendo, em abril o Ministério da Saúde possibilitou o aumento de até 60% no repasse de recursos para ampliação do número de transplantes no SUS. Os hospitais que fazem transplante de rim tiveram um reajuste específico de 30% para estimular a realização dos procedimentos e a redução do número de pessoas que aguardam pela cirurgia. O valor pago para transplantes de rim de doador falecido passou de R$ 21,2 mil para R$ 27,6 mil. Nos casos de transplante de rim de doador vivo, o valor passa de R$ 16,3 mil para R$ 21,2 mil.

Ainda nesse mês, o Ministério da Saúde anunciou R$ 10 milhões para aquisição do medicamento imunoglobulina para pacientes que realizarem transplante de rim e apresentarem rejeição aguda ao órgão transplantado. Esta iniciativa possibilita uma rápida recuperação, além da melhoria na qualidade de vida do transplantado.

Em 2011, foram investidos R$ 1,3 bilhão para manutenção e crescimento da rede - quatro vezes mais que o total de recursos alocados para o setor em 2003, quando foram destinados R$ 327,85 milhões.