Institucional

Médicos egressos de pós-graduação em saúde da família contam como a UNA-SUS os auxiliou na melhoria de seus atendimentos à população

A mesa Vivendo a Formação pela UNA-SUS na Atenção Básica trouxe a participação de Michelly Abdalla Farah e Alberto Furini Vaz.

- Ascom SE/UNA-SUS



No segundo dia de atividades do 28º Encontro Nacional da Rede UNA-SUS, que ocorre de 9 a 12 de novembro, os participantes da Rede UNA-SUS tiveram a oportunidade de ouvir o público para os quais os cursos são produzidos: os profissionais de saúde. Com a mesa Vivendo a Formação pela UNA-SUS na Atenção Básica, os médicos Michelly Abdalla Farah e Alberto Furini Vaz, egressos de cursos da UNA-SUS, contaram sua experiência de aprendizagem e como a UNA-SUS impactou na sua assistência à população.

Durante seus mais de 10 anos de implementação, a UNA-SUS sempre buscou atender às demandas de educação permanente dos profissionais de saúde de todo Brasil. Atuação que vai além da função de produzir de que ofertar cursos, o Sistema UNA-SUS colabora para mudanças na vida da população que precisa de um atendimento de qualidade, à medida que qualifica dos profissionais de saúde. Para o coordenador de monitoramento e avaliação da SE/UNA-SUS, Alysson Lemos, que moderou a mesa, a atividade é importante para que a Rede tenha contato com o público para o qual os cursos são desenvolvidos, além de promover o debate sobre o fortalecimento da Atenção Primária, multiprofissionalidade e importância do SUS.

O médico especialista da saúde da família pela Fiocruz Mato Grosso do Sul, farmacêutico especialista em toxicologia forense, Alberto Furini Vaz, conheceu a UNA-SUS quando entrou no Mais Médicos e realizou a pós graduação em Saúde da Família. Ele contou que considera a plataforma de cursos de fácil acesso e muito qualidade. Por trabalhar em uma unidade rural, aproximadamente 60km da fronteira com o Paraguai, os desafios de conciliar os atendimentos com a realização dos cursos são facilitados com “os módulos organizados por segmentos como, por exemplo, o de saúde da mulher e do idoso. A maneira com que são expostos coincide com as atividades diárias que realizamos na unidade de saúde, fortalecendo ainda mais o nosso trabalho e deixando mais preparados para assumir os desafios”, afirmou.

O médico apontou que doenças crônicas como diabetes e hipertensão são eram muito frequentes na sua UBS. Com muitos pacientes no início dos atendimentos e com o período de distanciamento social, foi adotado como ferramenta o Programa Hiperdia, para que estes pacientes continuassem os tratamentos. Assim, Alberto gravava vídeos, mensagens, imagens, propôs desafios ao grupo. “As orientações só foram possíveis pela pós graduação, mostrando a importância da equipe multidisciplinar. A educação permanente é de extrema importância, pois deixa a gente mais seguro para fazer nosso trabalho do dia a dia.”

Além disso, o médico desenvolveu uma estratégia para repassar os conhecimentos obtidos nos cursos para a equipe de forma simplificada, ajustando conforme a nossa realidade na unidade de saúde. “Não foi um crescimento só meu, mas da equipe toda.”

A segunda palestrante, Michelly Abdalla Farah, médica da Estratégia de Saúde da Família de Barra Grande/PI, fez mais de 30 cursos da UNA-SUS, além da pós graduação pelo Mais Médicos.  “Meus pais sempre me ensinaram que o conhecimento é um bem valioso, e sempre tive uma ânsia pelo saber. Sou garota propaganda! Fiquei encantada com o Sistema, pela qualidade das universidades ofertantes”, contou.

Michelly também tem formação em educação física e já trabalhou como bombeira. Logo depois, se formou em medicina e saiu da área de emergência para a Estratégia Saúde da Família. “Comecei a me interessar porque a saúde da família muda o mundo”.

Ela pontou que não me ateve só à obrigatoriedade da pós em saúde da família por conta do Mais Médicos, e que além de continuar realizando outros cursos, compartilha conhecimentos com os demais profissionais da UBS.

“Melhor do que uma Michelly, é todo mundo ter acesso aos conhecimentos que eu tenho. Nós como médicos, e como seres humanos, devemos sair do papel modulado, obrigatório e ir além. Fazer um curso para entender os conteúdos, não somente para receber um certificado. Não devemos fazer como obrigação, mas para a qualidade de vida da população”, afirmou.

Para Língia Rangel, da UNA-SUS/UFBA, conta que como médica que trabalhou no SUS nos anos 80, quando a Atenção Básica ainda não era uma política implementada, foi emocionante ouvir os relatos. “A UNA-SUS contribui muito para os profissionais que estão interessados em se capacitar. Hoje, a produção do conhecimento da nossa sociedade é extremamente acelerada, e é fundamental que os profissionais estejam motivados em aprender”, afirmou.

Para assistir à palestra na íntegra, acesse o canal da UNA-SUS/UFPI no YouTube.



Fonte: SE/UNA-SUS