Curso

Matrículas abertas para curso Atenção Integral às Crianças com Alterações do Crescimento e Desenvolvimento, relacionadas às Infecções Zika e STORCH

O objetivo é qualificar os profissionais de saúde no desenvolvimento de estratégias de acompanhamento e encaminhamento das crianças afetadas pela síndrome congênita.

- Ascom SE/UNA-SUS



Já estão abertas as matrículas para nova oferta do curso “Atenção Integral às Crianças com Alterações do Crescimento e Desenvolvimento, relacionadas às Infecções Zika e STORCH”. A oferta é do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco), em parceria com a UNA-SUS.

O objetivo é qualificar os profissionais de saúde no desenvolvimento de estratégias de acompanhamento e encaminhamento das crianças afetadas pela síndrome congênita, no caso de alguma alteração no curso de desenvolvimento motor, além dos protocolos de orientação às famílias e cuidadores.

Profissionais de saúde interessados no tema podem se matricular até o dia 29 de fevereiro de 2024, pelo site. O curso é online, autoinstrucional e tem início imediato. Lançado em 2019, a capacitação soma mais de 24 mil matrículas.

Com carga horária de 30h, o curso apresenta o contexto epidemiológico do Zika e STORCH e trata do desenvolvimento infantil a partir da perspectiva do cuidado integral na Estratégia Saúde da Família (ESF), incluindo avaliação neuropsicomotora e estratégias de orientação e seguimento na perspectiva da ESF.

Para a Coordenadora Pedagógica do EaD da Fiocruz Pernambuco, Joselice Pinto, os conhecimentos disseminados neste curso visam fornecer o aporte teórico e prático necessário para que Profissionais de saúde que atuem na atenção primária ou ESF se qualifiquem e estejam aptos a proceder no apoio às Crianças com Alterações do Crescimento e Desenvolvimento, relacionadas às Infecções Zika e STORCH em todo o Brasil.

“Por meio do sistema hierárquico e descentralizado do SUS, esses profissionais poderão atuar de forma sistemática e padronizada, proporcionando um atendimento qualificado as mais diversas populações, principalmente aquelas mais vulneráveis e que residem em áreas remotas, de difícil acesso. Além disso, espera-se que este curso ajude a estabelecer, mesmo com toda complexidade, estratégias de encaminhamento dos casos encontrados”, afirma a professora.

O curso conta com recursos educacionais como vídeos com especialistas sobre o tema, infográficos sobre o desenvolvimento infantil, textos de apoio produzidos a partir de documentos do Ministério da Saúde, bibliotecas virtuais e casos clínicos com acompanhamento de rotina serão utilizados ao longo do curso.

Síndrome congênita do Zika

A Síndrome congênita do Zika (SCZ), engloba casos de microcefalia e/ou outras alterações do Sistema Nervoso Central associados à infecção pelo vírus. As consequências associadas a essa síndrome apresentam padrões diferenciados de manifestações clínicas, interferindo de forma diversa no crescimento e desenvolvimento dessas crianças.

Orientações detalhadas para o diagnóstico da SCZ são encontradas no documento Orientações integradas de vigilância e atenção à saúde no âmbito da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional. De modo geral, o diagnóstico da SCZ inclui a avaliação das manifestações clínicas presentes no indivíduo e suas complicações, realização da anamnese para investigação de histórico materno e de outros familiares sugestivos de infecção pelo vírus Zika, realização de exames físico, laboratoriais e de imagem.

Os exames de imagem, como a Ultrassonografia Obstétrica, Ultrassonografia Transfontanela, Tomografia Computadorizada de Crânio, entre outros, são importantes ao ajudarem na identificação de diferentes tipos de alterações do sistema nervoso central.

Para a realização do diagnóstico laboratorial, os exames que podem ser realizados incluem o PCR quantitativo em tempo real (RT-qPCR) para o vírus Zika, sorologia para detecção de anticorpos contra o vírus Zika (IgM e IgG) e teste rápido para detecção de anticorpos contra o vírus Zika (IgM e IgG). Além destes, é necessária também a realização do diagnóstico diferencial para outras infecções congênitas do grupo STORCH (Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes vírus), para excluir o fato de que as complicações presentes no indivíduo sejam em função de alguma dessas infecções.

Para saber mais sobre esse e outros cursos UNA-SUS, acesse: www.unasus.gov.br/cursos.



Fonte: SE/UNA-SUS, com informações do Ministério da Saúde