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Circuito de Ocupação Cultural leva descontração para ambiente hospitalar
“Vamos fazer essas crianças felizes!”, anunciou com entusiasmo o palhaço Mandioca Frita. Ele e o filho, palhaço Aipim, alegraram a tarde das crianças internadas e que aguardavam atendimento na Unidade de Pediatria do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) na última quarta-feira, 5 de fevereiro. A visita dos artistas integra a programação do Circuito de Ocupação Cultural para Saúde, projeto realizado pela Fiocruz Brasília e pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Cultura do DF.
A expectativa das crianças para a chegada dos palhaços era grande. Com nariz vermelho, maquiagem, sapatos enormes, roupas coloridas, chapéu extravagante e mala confeccionados com materiais recicláveis, os artistas chamaram a atenção de todos por onde passavam, ao circularem pelos setores do Hospital. Durante a apresentação, Mandioca Frita e Aipim proporcionaram às crianças momentos de descontração e alegria, com muitas gargalhadas, contribuindo para amenizar os transtornos com a doença e o clima dentro do hospital. “Sorria sempre, não importa a situação” e “você vai ficar bem” eram algumas das mensagens transmitidas pelos palhaços.
Internado em um dos leitos do HRC, Cauã, de quatro anos, estava acompanhado do avô Celso Batista, 54, que achou a proposta interessante “por levar alegria ao hospital, não só para as crianças, mas para os pais que estão aqui aflitos com a situação dos internados. É maravilhoso, só vem a engrandecer o tratamento e com certeza ajuda na recuperação”, afirmou.
A coordenadora geral de Saúde de Ceilândia, Lucimar Gonçalves, destaca a iniciativa da Fiocruz Brasília da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. “É um presente para as crianças enfermas. A arte do riso faz com que se tenha um momento lúdico, de descontração e alegria, benéfica à saúde e auxilia na recuperação do paciente. A ideia é que, por alguns minutos, o paciente e os profissionais esqueçam o clima hospitalar”, destaca.
Risos, alegria e animação também fizeram parte da tarde dos servidores do Hospital. A funcionária da limpeza do HRC Elisangela Fernandes também aprovou a iniciativa. “Eles trouxeram alegria para todos, principalmente para as crianças. A alegria deles é contagiante, melhora o dia a dia das pessoas. Chamou a atenção de todo mundo”, disse.
Elisangela, que estava de plantão no dia, afirmou ainda que a ida dos palhaços ao hospital amenizou o cansaço que sentia. “Às vezes a gente está estressado, cansado e até mesmo nervoso. Eles trouxeram paz e esperança para as pessoas e tiraram a tristeza. É muito importante uma ação desta dentro de um hospital, porque aqui a gente vê muita coisa triste”, completa.
Sorriso como recompensa
O talento para o circo está no sangue da família dos palhaços Mandioca Frita e Aipim. Todas as seis pessoas da família são artistas. O palhaço Aipim, interpretado por Davi Maia Macedo, 17 anos, aprendeu com o pai a arte de fazer rir.
Para ele, o sorriso estampado no rostinho das crianças é a maior recompensa. “A pessoa está aqui passando por uma dificuldade e a gente tenta deixar prazeroso um momento que é tão chato, como vir ao hospital. A gente se sente privilegiado por poder proporcionar esse sentimento a elas. O sorriso é o que mais vale”, afirma.
Júlio Macedo, que dá vida ao palhaço Mandioca Frita, conta que o dia no Hospital Regional de Ceilândia ficará marcado em sua vida. “Eu vou guardar este dia com o maior carinho, porque isso é o que me fortalece para sempre continuar nessa caminhada”. Para ele, é gratificante poder proporcionar e receber alegria. “Ficar dentro do hospital é ruim, então poder trazer um dia diferente para os pacientes, pais e funcionários foi a maior emoção. O sorriso é o verdadeiro remédio”, ressalta.
O próximo local que receberá o Circuito de Ocupação Cultural para Saúde é o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) de Taguatinga, no dia 11 de fevereiro, às 9h, com oficina de teatro Circo Íntimo.
Fonte: Fiocruz Brasília