Institucional

Avanços e perspectivas da Rede UNA-SUS

A mesa de encerramento da 25ª Reunião da Rede UNA-SUS fez um resgate histórico da Rede e apontou sua importância para a democratização do conhecimento.

- Ascom SE/UNA-SUS



Nove anos de história, 34 instituições de ensino que formam uma Rede e oferecem cursos para 99,8% dos municípios brasileiros. Com mais de 2,5 milhões de matrículas, o Sistema UNA-SUS já alcançou muito, e ainda tem um longo caminho pela frente. A mesa de encerramento da 25ª Reunião da Rede UNA-SUS, que ocorreu nos dias 7 e 8 de novembro em Salvador, tratou dos Avanços e Perspectivas da Rede.

Para abordar o tema, o consultor pioneiro da UNA-SUS Luiz Carlos Lobo falou, em vídeo, sobre os objetivos da UNA-SUS em sua concepção: promover a integração ensino e serviço e maior articulação entre as universidades diferentes e seus departamentos – princípios que baseiam a Política de Acesso Aberto, pois possibilita a reutilização de recursos produzidos por outros atores. “As universidades não podem ficar isoladas, porque estão formando os profissionais irão para o serviço em breve, então precisamos saber quais são os principais problemas, e como podemos chegar a uma melhor correlação entre docência e serviço”, afirmou o professor.

“A universidade precisa reconhecer a validar conhecimento, não somente diplomas”, ressaltou. Lobo falou ainda sobre a necessidade de estabelecer redes colaborativas entre alunos e professores para que possam trocar experiências, fazer críticas, discutir as oportunidades de aprendizagens oferecidas. Também falou sobre a necessidade de um sistema de avaliação formativa com base em feedbacks, para que o aluno possa avaliar seu próprio conhecimento.  “É muito rica a participação de todos se tem uma meta comum: discutir e aprender melhor um determinado tema. Além disso, precisamos atender o aluno na medida que ele precisa do conteúdo”, reforçou.

Democratização do conhecimento

Nesse sentido, a secretária executiva da UNA-SUS, Fabiana Damásio lembrou que é preciso ter em mente que a criação de uma Rede foi uma escolha. “Não queríamos fazer uma universidade corporativa. A UNA-SUS é uma realidade, já demos muitos passos para fortalecer o EaD e o sentido de Rede. Juntos vamos mais longe”. 

Com relação a democratização do conhecimento gerado pela Rede, Fabiana destacou que o ARES é um patrimônio do conhecimento em saúde pública, construído por todos nós. A professora Lígia Rangel, da UNA-SUS/UFBA, anfitriã do evento, corroborou. “O conhecimento é um bem público, não pode ficar nos espaços restritivos, é importante que esse conhecimento seja disponibilizado por meio da política de acesso aberto”.

Educação para a saúde e saúde para a população

Para Anaclaudia Fassa, coordenadora da UNA-SUS/UFPel, instituição que aderiu a UNA-SUS em 2009, “a construção entre as universidades é maravilhosa, especialmente tendo como base o elemento comum, que é a educação para a saúde, apoiar o SUS e a confiança que a Rede estabelece”.

A professora destacou a importância do envolvimento da UNA-SUS com o Programa Mais Médicos, tanto pela oferta de especializações como projetos de intervenção resultantes, que podem demandar ações de gestores e mudar a realidade das localidades pôr os alunos passam. Anaclaudia citou exemplos de alunos que pleitearam a oferta de sulfato ferroso para a população, outros que possibilitaram a ampliação da política de vacinação, ações que realmente podem mudar a vida de populações.

“Temos grandes desafios, que se inserem no contexto do Brasil, e uma luta permanente pelo financiamento justo da saúde e da educação. Nós somos a potência dessa Rede: para trabalhar, produzir recursos de alta qualidade como sempre fizemos”, pontuou.

Para Lígia o evento foi uma ótima oportunidade para a UFBA, que aderiu à Rede recentemente. “Quando pensamos em UNA-SUS, pensamos em potência, contemporaneidade, necessidade de inovação e estar permanentemente aprendendo, a criação de um coletivo que apontam caminhos”.

Texto: Claudia Bittencourt

Fotos: Cissa Paranaguá



Fonte: SE/UNA-SUS