Geral

UNA-SUS discute sobre cooperação em Rede, Atenção Domiciliar e práticas de tutoria no 23º CIAED

- Claudia Bittencourt



O primeiro dia do 23º Congresso Internacional ABED de Educação a Distância (CIAED), em Foz do Iguaçu (18), já começou recheado de apresentações da Rede UNA-SUS, com três mesas de debate e uma apresentação de trabalho científico.

A colaboradora da Rede, via Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Judith Oliveira, abriu os trabalhos com a apresentação do artigo científico “Avaliação de satisfação de cursos EaD por meio da análise qualitativa”, realizada para avaliar a satisfação dos alunos dos cinco cursos que compõe o programa de Gestão em Saúde. O objetivo foi a identificação das falhas e potencialidades dos cursos, visando futuras melhorias. 

Para tanto, foram feitas análise de depoimentos dos alunos, que descreveram suas impressões sobre o curso. A partir desses textos, a UNA-SUS/UFMA colocou todas as narrativas em conjunto e criaram nuvens de palavras. Entre as palavras que mais apareceram nos textos dos alunos, estão: curso, bom, conteúdo, conhecimento, excelente, gestão.

COOPERAÇÃO PARA OFERTA DO CURSO SAÚDE DO IDOSO - Mediada pelo coordenador de Gestão do Conhecimento da UNA-SUS, a mesa redonda relatou a experiência de cooperação para o Projeto Interinstitucional de Saúde da Pessoa Idosa, composto por uma especialização um curso de qualificação autoinstrucional sobre o tema. Tais cursos foram produzidos e ofertados conjuntamente entre três universidades da Rede UNA-SUS: a Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Federal do Maranhão (UFMA) e Federal do Ceará (UFC). Ao total, foram mais de 28 mil profissionais de saúde de nível médio e superior inscritos.

 

Dentre os incentivos de criar o curso, estão o envelhecimento populacional, a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e o Prioridade no Pacto pela Vida, no desafio de oferecer acesso a bons serviços de saúde aos idosos.

Para Roberto Justa, da UFC, levando em consideração o contexto brasileiro, é necessário capacitar os profissionais de saúde, especialmente aqueles da Atenção Básica.“São muitos desafios, e sabemos que a educação permanente é uma forma de superá-los”, disse a coordenadora adjunta da UNA-SUS/UERJ, Márcia Rendeiro. Ela também destaca que cooperações interinstitucionais são importantes, pois são formas de fortalecimento da rede e aumentam a cobertura dos cursos no Brasil.

Paola Trindade (UFMA), que participou da organização do material didático do curso, citou a criação do game criado para o curso: S Idoso, que utiliza a metodologia de perguntas e respostas, escalonadas por dificuldade. O jogo fica disponível para download na Saite Game Quiz.                                             

FORMAÇÃO DE TUTORES E PRÁTICAS DE TUTORIA - Já a mesa moderada pela consultora da SE/UNA-SUS, Edinalva Nascimento, contou com as experiências trazidas pela colaboradora Rita Maria Lino Tarcia, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP);  Adriana Aparecida Paz, da Universidade Federal de Ciência da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Anaclaudia Gastal Fassa, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Na ocasião, as palestrantes destacaram a importância do tutor como um agente ativo no processo de ensino e aprendizagem. O perfil dos estudantes da UNA-SUS também é considerado, já que o público de maior peso é composto por profissionais da saúde, em sua maioria atuantes das Unidades Básicas, que trabalham cerca de 20 a 40 horas semanais e precisam ser motivados. Portanto, há que se ter um cuidado desde o processo seletivo até a formação e avaliação desses tutores.

“Os tutores precisam acolher os estudantes e provocar questões, sempre voltadas à uma intervenção à realidade do atendimento cotidiano, visando melhorar o processo de cuidado nas práticas em saúde”, destacou Anaclaudia.

Para Edinalva “o cuidado no processo de formação dos tutores reflete no processo de aprendizagem nesses alunos”.

 

ATENÇÃO DOMICILIAR - Por fim, a mesa “Educação Permanente a Distância Modular, Multiprofissional e Interinstitucional: e Experiência do Programa de Qualificação em Atenção Domiciliar”, mediada por Leonardo Savassi, coordenador da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e do Programa Multicêntrico, composto por 21 módulos autoinstrucionais, três aperfeiçoamentos e duas especializações concluídas. Já são mais de 80 mil matrículas em todo Brasil.

A discussão contou com as experiências de instituições da Rede que participaram da construção do Programa de qualificação sobre o tema.

A professora Maria Auxiliadora Christófaro trouxe a experiência da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a colaboradora Katherine Marjorie compartilhou a experiência da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e Marta Inez Machado Verdi trouxe a contribuição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Savassi conta que o Programa foi criado para expandir uma Política pública da área, o Programa Melhor em Casa, criado em 2011. “No ano seguinte foi pacto a criação do programa para capacitar força de trabalho do SUS para uma ação sem precedentes, pois esse tema não estava presente na academia”, afirmou. “Os cursos foram criados para mudar práticas e qualificar o saber para o fazer”, finalizou.

Acesse todas as notícias sobre o evento no portal UNA-SUS!

Fonte: SE/UNA-SUS, por Claudia Bittencourt. Fotos: Cissa Paranaguá (SE/UNA-SUS)