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UNA-SUS abre matrículas para curso sobre Coinfecção TB-HIV

- Ascom SE/UNA-SUS



Estão abertas, a partir do dia 07/03, as matrículas para a nova turma do curso online Manejo da Coinfecção TB-HIV.  A qualificação tem como objetivo capacitar profissionais de saúde para o atendimento integral das pessoas coinfectadas por tuberculose e HIV/Aids. O lançamento traz mais uma novidade: a incorporação dos conteúdos da capacitação sobre “Organização de Serviços para atendimento de pessoas coinfectadas por TB-HIV”, que antes era ofertada separadamente.

O acesso é imediato e também é livre aos demais interessados no tema. A iniciativa é fruto da parceria entre a Secretaria Executiva da Universidade Aberta do SUS (SE/UNA-SUS) e Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS). Com a unificação, a carga horária foi alterada de 45 para 60 horas. Em ofertas anteriores, as qualificações somaram quase 16 mil matrículas.

As matrículas podem ser realizadas até 21 de maio, pelo link.

Segundo a enfermeira Olga Rodrigues, uma das responsáveis pelo conteúdo do curso, a nova oferta está mais completa. “Esperamos que os alunos, ao completarem as atividades, reflitam sobre as suas práticas e que apliquem os novos conhecimentos adquiridos. Com um olhar atento do profissional de saúde, é possível vencer a coinfecção TB-HIV”, afirma.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, a tuberculose é a doença infecciosa que mais mata no mundo e a que mais mata pessoas com aids no Brasil. Segundo a nova classificação da OMS 2016-2020, o Brasil ocupa a 20ª posição na lista dos 30 países com alta carga de TB e a 19ª posição na lista dos 30 países com alta carga de TB/HIV. 

Para a coordenadora geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (SVS/MS), Denise Arakaki, o manejo clínico adequado pode evitar o adoecimento pela tuberculose e também reduzir morbimortalidade pela coinfecção.  “A abordagem conjunta é fundamental não somente do ponto de vista médico, para enfraquecer a atividade sinérgica do vírus (HIV) e da micobacteria (M tuberculosis), mas também para atender integralmente as necessidades das pessoas coinfectadas e fortalecer individualmente sua capacidade de enfrentar duas doenças marcadas pelo estigma e preconceito”, diz.

“Além disso, é importante que o profissional de saúde compreenda o seu papel e atue oportuna e precocemente no diagnóstico e tratamento da TB latente e TB ativa em Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA), evitando com isso o prolongamento do sofrimento da pessoa afetada e a transmissão na comunidade”, conclui Arakaki.

A diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais, Adele Schwartz explica que até 2013, o Ministério da Saúde recomendava o tratamento de PVHA exclusivamente em Serviço de Atenção Especializadas (SAE) ou outros centros de referências para HIV/aids. A partir de 2014, iniciou-se o processo de ampliação de atendimento de PVHA, trazendo dessa maneira a Atenção Básica como opção de local de atendimento para manejo clinico e acompanhamento dessa população.

Para Schwartz, o curso é uma importante estratégia para capacitação desses profissionais, pois possibilita que o manejo desses agravos seja realizado de forma integral, pelos mesmos profissionais e no mesmo serviço, sobretudo em ações voltadas ao diagnóstico do HIV e da TB e ao uso adequado e oportuno da terapia antirretroviral e do esquema de terapêutico para TB.

“A organização de uma rede de atenção qualificada e multiprofissional é condição fundamental para que os desafios que se apresentam no atual cenário de controle destes dois agravos possam ser superados e resultem no aumento da qualidade de vida e na redução da mortalidade”, afirma a diretora.

Dividido em três unidades, o conteúdo aborda tanto aspectos etiológicos, como psicossociais e clínicos da associação entre as doenças, além dos procedimentos operacionais e as rotinas necessárias para a organização dos serviços que atendem as pessoas coinfectadas. Os casos clínicos interativos simulam situações reais vividas frequentemente pelos profissionais atuantes nas unidades básicas de saúde. São utilizados muitos recursos visuais e de multimídia, tais como animações, vídeos e infográficos, tornando o aprendizado mais dinâmico e agradável.

“Se o profissional de saúde aplicar os novos conhecimentos, é provável que taxas maiores de cura da tuberculose e de adesão ao tratamento para o HIV sejam obtidas”, arremata a conteudista Olga.

Para conhecer um pouco mais sobre esse e outros cursos em oferta na Rede UNA-SUS, acesse http://unasus.gov.br/cursos

Fonte: SE/UNA-SUS