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Tragédias do passado podem ajudar a combater o racismo hoje, diz secretário das Nações Unidas

- Claudia Bittencourt



O secretário-geral das Nações Unidas pede a todos que lembrem-se daqueles que enfrentam "ódio, injustiça e humilhação" devido a sua cor de pele ou a sua origem étnica. Para Ban Ki-moon, a discriminação pela raça já serviu de base para opressão, pobreza, escravidão, genocídio e guerra.

A mensagem de Ban é sobre o Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial, marcado neste sábado, 21 de março. Na avaliação do chefe da ONU, a data "traz a oportunidade de se renovar compromissos por um mundo de justiça e igualdade, onde a xenofobia não existe".

50 Anos

Ban Ki-moon destaca ser importante aprender com as lições da História e conhecer os danos profundos causados pela discriminação racial. Para ele, assim é possível preservar a memória de erros do passado e usar o conhecimento para eliminar o preconceito e a tolerância.

O secretário-geral lembra que em 2015, a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial completa 50 anos. Para Ban, houve progressos nas últimas cinco décadas, como o fim do colonialismo, do apartheid e o surgimento do movimento global pela igualdade.

Ban Ki-moon pede a todas as nações para ratificar a Convenção e colocar em prática legislações que acabem com todas as formas de discriminação racial. Para antecipar o Dia Internacional, a Assembleia Geral da ONU realizou um debate, esta sexta-feira sobre racismo e tolerância.

Saúde da População Negra

A Secretaria Executiva da UNA-SUS e o Ministério da Saúde, por meio das secretarias de Gestão do Trabalho e de Educação na Saúde (SGTES) e de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP), lançaram o curso Saúde da População Negra.

O curso debate questões relacionadas ao racismo institucional, que acaba produzindo resultados terapêuticos desiguais para os usuários do SUS. De maneira mais abrangente, pretende-se alertar aos profissionais de saúde para que, em sua rotina de trabalho, identifiquem as iniquidades étnico-raciais que impactam sobre a saúde da população negra, monitorem e avaliem os resultados das ações para prevenção e combate dessas iniquidades.

Para saber mais sobre o curso, clique aqui. As inscrições estão abertas.

Fonte: EBC, editada pela UNA-SUS