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Pesquisadoras do ICICT/Fiocruz falam sobre estudos na área de Saúde da Mulher

- Claudia Bittencourt



No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, pesquisadoras do Icict comentam como a saúde das mulheres aparece em pesquisas realizadas pelo Instituto, como a Pesquisa Nacional de Saúde, o Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso e a Pesquisa Nacional sobre o Uso do Crack.

Pesquisa Nacional de Saúde trará panorama abrangente da saúde da mulher

Em seu primeiro volume, a PNS trouxe resultados de entrevistas realizadas em quase 80 mil domicílios em todo o país sobre a autopercepção de homens e mulheres brasileiras em relação às próprias condições de saúde. Em relação ao sexo, 70,3% dos homens consideraram sua saúde como boa ou muito boa, contra 62,4% das mulheres.

No vídeo, a coordenadora da pesquisa, Célia Landmann Swarcwald, do Laboratório de Informação em Saúde, detalha os conteúdos do módulo de saúde da mulher, que será publicado no segundo semestre.

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Saúde da mulher idosa: expectativa de vida mais alta

“Os indicadores de gênero ajudam a compreensão da saúde da mulher idosa”, afirma a coordenadora do Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso – SISAP-Idoso, Dalia Romero. Ela ressalta que a expectativa de vida das mulheres é mais alta que a dos homens e isso é um dado importante para se pensar a melhoria da qualidade de vida de toda a população, inclusive a masculina.

Os dados do sistema mostram que, no envelhecimento, as mulheres podem demonstrar mais resistência, como explica a pesquisadora no vídeo.

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Usuárias de crack são mais vulneráveis e tem dificuldade de acesso a serviços

A vice-coordenadora da Pesquisa Nacional sobre Uso do Crack, Neilane Bertoni, explica que cerca de 20% da população de usuários entrevistados para a pesquisa foram mulheres. Ela alerta para a alta vulnerabilidade desse grupo, que se torna ainda maior devido a questões de desigualdade de gênero. Cerca de 50% das mulheres entrevistadas relatou troca de sexo por dinheiro ou drogas.

Além disso, muitas das usuárias em condição de gravidez revelaram não conseguir acessar serviços de saúde básicos, como o pré-natal.

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Fonte: ICICT/Fiocruz