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Inscrições abertas para o curso Atenção Integral à Saúde do Homem

- Ascom SE/UNA-SUS



Profissionais de saúde de nível superior, interessados em aprofundar os conhecimentos relacionados à saúde do homem, já podem se inscrever no mais novo curso da Universidade Federal de Santa Catarina, integrante da Rede UNA-SUS. Fruto da parceria com o Ministério da Saúde, por meio da sua Coordenação Nacional de Saúde do Homem (CNSH/DAPES/SAS/MS), a capacitação Atenção Integral à Saúde do Homem tem como objetivo qualificar os profissionais para a promoção de ações em saúde que contribuam para a melhoria da qualidade de vida da população masculina, redução dos índices de mortalidade por causas evitáveis, bem como para o aumento da expectativa de vida dessa faixa da população.

As inscrições podem ser realizadas até 30 de maio, pelo site.

Os homens brasileiros vivem, em média, 7,4 anos a menos que as mulheres. Entre as causas de morte prematura estão a violência e acidentes de trânsito, além de doenças cardiovasculares e infartos. Essas últimas, juntamente com as estatísticas que mostram que o homem normalmente adentra o Sistema Único de Saúde pelos serviços de atenção especializada - média e alta complexidade, apontam uma necessidade de aumento na busca regular de medidas de prevenção primária.  

A partir desse panorama, o Ministério da Saúde implementou, em 2009, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem com vistas à promoção de ações em saúde que contribuíssem para a compreensão da realidade singular masculina e propiciassem um melhor acolhimento no SUS, com foco especial à Atenção Primária.

Política Nacional da Saúde do Homem - Além de evidenciar os principais fatores de morbimortalidade, a Política explicita o reconhecimento de determinantes sociais que resultam na vulnerabilidade da população masculina aos agravos à saúde. Em suas diretrizes também considera que representações sociais sobre a masculinidade vigente comprometem o acesso à atenção integral e repercutem de modo crítico na vulnerabilidade dessa população a situações de violência e de risco para a saúde. Mobilizar a população masculina brasileira pela luta e garantia de seu direito social à saúde é um dos desafios dessa política.

“Durante muito tempo as unidades básicas de saúde (UBS) foram consideradas espaços materno-infantis. Tanto a Política quanto o curso buscam fazer o profissional de saúde repensar essa relação de binômio (mãe e filha), incluindo agora o homem, o pai e parceiro nesse processo de saúde”, explica o coordenador Nacional de Saúde dos Homens, Francisco Norberto.

Segundo Norberto, o curso foi desenvolvido com o objetivo de implementar e fortalecer a Política de Saúde do Homem, provendo aos profissionais de saúde o conhecimento necessário para reconhecer as especificidades desse tipo de assistência e, consequentemente, aproximar os homens dos serviços de saúde e suas respectivas ações de promoção e prevenção.

“Com prevenção, promoção e cuidado na Atenção Primária, reduziremos o número de internações e morbimortalidade por doenças crônicas (diabetes e hipertensão), provendo longevidade e qualidade de vida para esse homem. É um ganho para o SUS, para o núcleo familiar do qual esse homem faz parte e, consequentemente, para toda a comunidade”, analisa o coordenador.

O curso - Para a enfermeira e conteudista do curso, Carolina Carvalho Bolsoni, o cuidado à saúde do homem deve ser tão importante quanto o que já é oferecido para saúde da mulher e da criança, por exemplo. “Buscamos, por meio do curso, sensibilizar os profissionais de saúde para a atenção à saúde dos homens, em especial a necessidades de trazê-los para as unidades de saúde para que as ações de promoção de saúde e prevenção das doenças possam ser realizadas”, explica.

Assim, a metodologia do curso se reflete, principalmente, na relação dinâmica entre teoria e prática, na apropriação e discussão das questões que envolvem a saúde dos homens. Para isso, os conteúdos são trabalhados a partir da perspectiva relacional de gênero e representações sociais aliados às questões de morbimortalidade que mais acometem os homens na faixa etária de 20 a 59 anos.

De acordo com Bolsoni, durante a formação são utilizados diversos recursos educacionais como e-books, vídeos, fórum de discussão e casos exitosos para facilitar o processo de aprendizagem. “É um curso muito bem estruturado, com leitura fluida e material interativo. Por meio dos fóruns, por exemplo, é possível compartilhar com os demais colegas como eles estão tratando das especificidades da saúde do homem e assim aprimorar sua assistência para esse público”, avalia.

Com carga horária de 120h, o curso é dividido em quatro módulos dos quais dois são obrigatórios (Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem e Acesso e Acolhimento na Atenção Integral à Saúde do Homem) e os outros dois ficam à critério do aluno, que poderá escolher entre os seguintes temas: Prevenção e Cuidados às Doenças Prevalentes em Homens; Morbimortalidade por Causas Externas na Saúde do Homem; Atenção à Saúde Mental do Homem; Saúde Sexual e Reprodutiva do Homem; Paternidade e Cuidado; Homens e Atenção à Saúde no Trabalho.

Para saber mais sobre esse e outros cursos da rede UNA-SUS, acesse o link www.unasus.gov.br/cursos