Geral

Fiocruz Minas debate zika, chikungunya e dengue

- Ascom SE/UNA-SUS



Pesquisadores, gestores e outros profissionais da área de saúde estarão reunidos no Seminário zika, chikungunya e dengue: desafios para o controle e a atenção à saúde, que acontece em Belo Horizonte, nos dias 15 e 16 de dezembro, no auditório do Clube dos Oficiais da PM-MG (Rua Diabase 200, bairro Prado).

O evento, que é aberto ao público, visa promover um amplo debate acerca das viroses emergentes – tais como o zika, chikungunya e dengue –, buscando o fortalecimento do SUS no enfrentamento dos atuais desafios da vigilância e da atenção à saúde.

Durante os dois dias do encontro, vários temas serão discutidos. Na ocasião, o secretário executivo do Ministério da Saúde, José Agenor Álvares da Silva, vai traçar um panorama das três doenças no Brasil. Métodos de combate ao Aedes aegypti, os desafios da comunicação e a participação social no controle das viroses, bem como as providências necessárias na luta contra a proliferação das doenças também serão temas de apresentações, ministradas por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco e da Fiocruz.

O seminário é promovido pela Fiocruz Minas em parceria com a Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde, Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Secretaria da Saúde de Minas Gerais e Secretaria de Saúde de Belo Horizonte.

Zika, chikungunya e dengue em Minas

Em 2015, foram confirmados seis casos de febre chikungunya em Minas Gerais. Outros 92 casos foram descartados e cinco estão em investigação. No que se refere à dengue, até o dia 9 de dezembro, foram confirmados 146.004 casos em Minas Gerais e outros 35.723 foram considerados suspeitos.

Desde o dia 11 de novembro, quando o Ministério da Saúde estabeleceu que a microcefalia deve ser tratada como emergência de saúde pública e tornou obrigatória a notificação dos casos no país, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais notificou 29 casos até o dia 10 de dezembro. Os casos estão distribuídos em 21 municípios e estão sendo investigados para a determinação da causa da microcefalia, que pode estar ou não associada ao vírus zika. Até o momento, foi descartada a possibilidade de associação ao vírus zika em 1 caso.

No Brasil

Até 5 de dezembro, foram registrados 1.761 casos suspeitos de microcefalia, em 422 municípios de 14 unidades da federação. As informações são do Informe Epidemiológico sobre Microcefalia, divulgado na última terça-feira (8/12).

Nesse período, Pernambuco registrou o maior número de casos (804). Em seguida vieram Paraíba (316), Bahia (180), Rio Grande do Norte (106), Sergipe (96), Alagoas (81), Ceará (40), Maranhão (37), Piauí (36), Tocantins (29), Rio de Janeiro (23), Mato Grosso do Sul (9), Goiás (3) e Distrito Federal (1).

Entre o total de casos, foram notificados 19 óbitos, no Rio Grande do Norte (7), Sergipe (4), Rio de Janeiro (2), Maranhão (1), Bahia (2), Ceará (1), Paraíba (1) e Piauí (1). As mortes foram de bebês com microcefalia, e suspeita de infecção pelo vírus zika. Os casos ainda estão em investigação para confirmar a causa dos óbitos.

O Ministério da Saúde registrou, até 14 de novembro, 1,5 milhão casos prováveis de dengue no país. O aumento é de 176%, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 555,4 mil casos. Nesse período, o Sudeste apresentou 63,6% do total de casos (975.505), seguida do Nordeste (278.945 casos), Centro-Oeste (198.555 casos), Sul (51.784 casos) e Norte (30.143 casos).

No Brasil, foram registrados em 2015, até 14 de novembro, 17.146 casos suspeitos de febre chikungunya, sendo 6.726 confirmados. Outros 8.929 estão em investigação. Em 2014, foram notificados 3.657 casos suspeitos da doença.

Fonte: Agência Fiocruz