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Curso desenvolvido no Brasil pela UNA-SUS ajuda profissionais de saúde de outros países a enfrentar epidemia do vírus zika

- Ascom SE/UNA-SUS



Um curso desenvolvido pelo Brasil e traduzido pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) está ajudando profissionais de saúde de outros países a enfrentar a epidemia do vírus zika. Com o tema "Zika: abordagem clínica na Atenção Básica", a capacitação tem carga de 40 horas e foi elaborada em parceria com a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e Ministério da Saúde.

Desde agosto deste ano, quando a versão em espanhol foi disponibilizada pela OPAS/OMS, mais de 8,3 mil profissionais de saúde foram aprovados. O índice de certificação ultrapassa 89%, porcentagem considerada muita satisfatória para cursos à distância na modalidade auto-instrucionais. 

Os cinco países com mais matrículas e certificações são: Equador, México, Peru, Honduras e Colômbia. O Equador utilizou o curso como parte da estratégia nacional para enfrentamento do vírus zika e é o país com mais profissionais certificados. 

Para Ana Furniel, coordenadora do Campus Virtual de Saúde Pública (CVSP/Brasil) foi um enorme ganho para os profissionais de saúde das Américas. “Esse curso teve uma participação excelente no Brasil em vários estados e compartilhar conhecimento e contribuir com a formação em saúde é nosso principal objetivo” disse Ana.

De acordo com a coordenadora do curso e da UNA-SUS/Fiocruz Mato Grosso do Sul, Vera Lucia Kodjaoglanian, na adaptação do conteúdo para o espanhol, foram levados em consideração a realidade brasileira e a situação mundial frente ao desafios colocados pela Zika. “Houve adaptação de conteúdo levando os diferentes contextos sócio/econômicos/sanitários dos mais diferentes países que utilizam a língua espanhola além da adaptação das tecnologias da informação que dão sustentação ao referencial teórico/prático do curso”, explica.

Para o Representante da OPAS/OMS no Brasil, Joaquín Molina, as autoridades de saúde brasileiras têm muito a contribuir com outros países pelo fato de serem protagonistas na resposta à epidemia do vírus zika. “O Brasil tem produzido conhecimentos essenciais para entender e gerenciar essa situação. A generosidade do país em compartilhar o conteúdo do curso é um grande exemplo de cooperação internacional”, afirmou. 

O conteúdo ministrado tem o objetivo de orientar os profissionais de saúde de qualquer país em relação ao comportamento do principal vetor, o mosquito Aedes, e sobre o cuidado adequado com os pacientes – desde a suspeita de infecção pelo vírus até a abordagem da gestante, lactantes e bebês, entre outros pontos.

O curso também trata de aspectos relacionados à notificação e do papel do profissional enquanto ator de vigilância em saúde, agente de sentinela no diagnóstico e agente disseminador de informação e atuação na educação permanente de toda a equipe de trabalho.

A capacitação, que já estava disponível em português desde o início deste ano na página da UNA-SUS, agora pode ser acessada em sua versão em espanhol por meio do Campus Virtual de Saúde Pública da OPAS/OMS. Para participar, o profissional de saúde deve criar uma conta na página e efetuar a matrícula, que é gratuita. O acesso ao conteúdo é livre e, ao fim do curso, os participantes recebem um certificado de conclusão.

O curso é dividido em quatro unidades: aspectos epidemiológicos, promoção da saúde e prevenção da infecção pelo vírus zika; quadro clínico e abordagem às pessoas infectadas pelo vírus zika; cuidados com as gestantes com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus zika; e vigilância da infecção pelo vírus zika e suas complicações.

 

Fonte: SE/UNA-SUS e OPAS