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Porto Alegre terá as primeiras salas de apoio à amamentação certificadas pelo Ministério da Saúde

- Ascom SE/UNA-SUS



A Dell Computadores do Brasil, o Hospital Fêmina e o Hospital Presidente Vargas se tornarão as primeiras instituições de Porto Alegre (RS) a receberem do Ministério da Saúde a placa de certificação de suas salas de apoio à amamentação. A cerimônia ocorrerá na capital gaúcha, no dia 13 de março, com a presença de autoridades do Ministério da Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde. Junto à certificação será celebrado o lançamento do Comitê Municipal de Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável de Porto Alegre.

Desde 2010, o Ministério da Saúde desenvolve a ação Mulher Trabalhadora que Amamenta, que consiste em promover nas empresas públicas e privadas uma cultura de apoio, promoção e proteção ao aleitamento materno. Essa ação tem como base três pilares, formados pela extensão da licença maternidade para seis meses, implementação de salas de apoio à amamentação e creches nos locais de trabalho.

A certificação das salas de apoio à amamentação é o reconhecimento que o Ministério da Saúde dá às empresas que proporcionam às funcionárias esse espaço em que ela poderá, após retornar da licença maternidade, esvaziar as mamas, com conforto, privacidade e segurança, armazenando seu leite em frascos previamente esterilizados para, em outro momento, oferecê-lo ao seu filho. No fim do expediente, a mulher pode levar seu leite para casa para que seja oferecido ao seu filho na sua ausência, e também se desejar, doá-lo para um Banco de Leite Humano.

As empresas que aderem a essa ação e outras iniciativas de apoio à amamentação tendem a ter menos ausências de funcionárias para tratar de problemas de saúde dos filhos, pois como o leite materno possui fatores de proteção contra doenças, as crianças amamentadas no peito adoecem menos. Funcionários e sociedade também passam a ter uma imagem mais positiva da instituição, que ganha em reputação.

A importância do apoio do empregador e gestor municipal

Para a coordenadora da Área Técnica de Saúde Nutricional da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, Carmen Lucia Salvador Stein, o apoio dos empregadores é essencial para a continuidade do aleitamento materno no retorno ao trabalho. “A mulher que volta da licença maternidade pode se sentir um tanto fragilizada e esse apoio faz com que elas se sintam mais confiantes e tranquilas para produzirem mais. Por isso o apoio é fundamental, pois é um investimento na saúde e no desenvolvimento das crianças e de suas famílias” disse Carmen, responsável pela multiplicação da ação no município.

As três instituições de Porto Alegre foram sensibilizadas a partir do trabalho desenvolvido pelos tutores formados na primeira oficina da ação Mulher Trabalhadora que Amamenta, realizada no município, em agosto de 2014. A oficina foi feita pelo Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria, formando 25 tutores.

A Coordenadora das Ações de Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Fernanda Monteiro, ressalta a importância do envolvimento do gestor municipal para o sucesso desta ação. “O gestor público que investe na formação de profissionais para sensibilizar gestores de empresas públicas e privadas contribui para a redução da mortalidade infantil em nosso país. As últimas pesquisas internacionais realizadas mostram que as mulheres que têm um maior período de licença maternidade remunerada amamentam mais e mantêm em dia o calendário vacinal de seus filhos”, afirma Fernanda.

Além das três empresas que receberão a certificação, estarão presentes também os representantes da empresa de ônibus Carris, que recentemente aderiu à licença maternidade de seis meses para suas funcionárias, beneficiando mais de 400 mulheres em idade fértil que trabalham na instituição.

A Dell Computadores do Brasil emprega cerca de 800 mulheres em idade fértil que poderão se beneficiar da sala de apoio à amamentação, caso tenham filhos. Atualmente, 36 funcionárias estão de licença maternidade e poderão utilizar a sala de apoio quando retornarem ao trabalho. A empresa já aderiu à licença maternidade de seis meses, assim como os hospitais Fêmina e Presidente Vargas, que também receberão a placa do Ministério da Saúde pela implementação de suas salas de apoio à amamentação. Os Hospitais Fêmina e Presidente Vargas empregam 500 e 388 funcionárias em idade fértil, respectivamente, que poderão se beneficiar das salas de apoio à amamentação recém-inauguradas em seus respectivos bancos de leite humano.

Para saber mais sobre a ação Mulher Trabalhadora que Amamenta, acesse aqui.

Fonte: Portal Saúde