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Mais de 1 bilhão de adolescentes e jovens podem perder a audição, alerta OMS

- Claudia Bittencourt



Mais de 1 bilhão de adolescentes e jovens correm o risco de perda de audição devido ao uso inseguro de dispositivos de áudio, como telefones inteligentes, e a exposição a som muito alto ou lugares barulhentos. Esta realidade levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a lançar um alerta, nesta quarta-feira (03), para sensibilizar a população de que é possível se divertir sem provocar problemas auditivos.

Foto: Flickr/Seanomatopoeia (CC)

O estudo realizado pela agência da ONU com adolescentes e jovens entre 12 e 35 anos revelou que cerca de 50% são expostos a um volume prejudicial para a saúde, através do uso de aparelhos de áudio pessoais e 40% a níveis de som potencialmente perigosos em ambientes de diversão, como discotecas, eventos esportivos ou bares.

Para ilustrar a dimensão do problema, a agência recomenda 85 decibéis como o máximo nível de exposição permitido em um lugar de trabalho, por um período total de oito horas por dia. No entanto, muitas discotecas, bares ou eventos esportivos frequentemente sobem o volume acima desse patamar, a 100 decibéis, um índice que é seguro apenas por 15 minutos.

Para evitar problemas futuros de audição, a OMS propões uma série de medidas. Algumas tão fáceis como manter o volume dos aparelhos baixo, usar fones de ouvido apropriados e restringir o uso de aparelhos de áudio a menos de uma hora diária. A Organização também sugere que estabelecimentos ofereçam tampões de ouvidos aos clientes, criem áreas de relaxamento para que as pessoas possam se isolar durante um período e mantenham o volume da música ou atração em níveis aceitáveis.

Em todo o mundo, existem hoje 360 milhões de pessoas com perda moderada a profunda de audição por diferentes razões, como o barulho, condições genéticas, complicações de nascimento, certas doenças infecciosas, uso de drogas e velhice. Todos os anos, em 4 de março, a OMS celebra o Dia Internacional do Cuidado da Audição e usa a data para lembrar a população de medidas simples que podem prevenir a perda precoce desse sentido humano.

Fonte: ONU BR