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Hemocentros são equipados para garantir qualidade do plasma

- Ascom SE/UNA-SUS



A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) iniciou, nesta semana, a entrega de um equipamento que verifica a velocidade do tempo de congelamento do plasma a 30 hemocentros e serviços de hemoterapia localizados nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste do País.  O objetivo da ação é proporcionar aos serviços fornecedores de matéria-prima dos hemoderivados uma forma de otimizar o congelamento, que precisa ser controlado para preservar as proteínas do plasma, como no caso dos fatores de coagulação VIII e IX, e, consequentemente, obter seu melhor rendimento. O investimento na compra e distribuição deste material foi de R$ 315 mil.

Conhecido como logger, o sistema, pequeno e portátil, funciona como um registro eletrônico de temperatura, que, por meio de um sensor interno, armazena as variações térmicas e grava os valores em memória para consulta posterior.

 “Existe uma portaria do Ministério da Saúde (MS) indicando que o tempo de congelamento do plasma em -25°C deve ocorrer em até duas horas, justamente para garantir sua qualidade. Com esse sistema, será possível observar se a determinação está sendo cumprida. O logger é um instrumento preciso, com amostragens rápidas e monitoração de temperatura por longos períodos, ideal também para monitorar o transporte dos hemocomponentes”, explicou a chefe do Serviço de Relacionamento com a Hemorrede, Marisa Peixoto.

O cronograma terá início em São Paulo, que também receberá mais sistemas, devido ao total de serviços que dispõe: serão 11 conjuntos, cada um com 20 sensores, que seguirão para unidades de São Bernardo do Campo, Santos, Jundiaí, Taubaté, Sorocaba, Franca, Araçatuba, Araraquara e Bauru, além da capital paulista, que ficará dois. Além destas, vão ser contempladas cinco entidades do Paraná, duas de Santa Catarina, três do Rio Grande do Sul, quatro de Minas Gerais e uma do Tocantins, Rondônia, Acre, Boa Vista e Pernambuco – mais especificamente no Hemonúcleo de Caruaru, no Agreste pernambucano.

A entrega desses conjuntos faz parte do convênio 4502/2007 assinado entre a Hemobrás e o Ministério da Saúde, orçado em R$ 3,6 milhões e destinado à compra de equipamentos e realização de consultorias para capacitar os trabalhadores de dez serviços de hemoterapia no País, entre eles, o Hemope. O último lote, adquirido em 2013, foi composto de cinco centrífugas refrigeradas, que são utilizadas para separar os componentes do sangue e, consequentemente, obter o plasma para a produção industrial, e 30 sistemas de monitoramento da cadeia do frio, conjunto de equipamentos que acompanham de forma automática e contínua as temperaturas da cadeia.

As centrífugas já estão em funcionamento nos hemocentros de Pernambuco (Hemope), do Rio de Janeiro (Hemorio), Minas Gerais (Hemominas), Presidente Prudente e Fundação Pró-Sangue, estes últimos em São Paulo. Os sistemas de monitoramento estão sendo entregues, faltando apenas a instalação de 13 deles, o que deve ocorrer até o mês de maio deste ano.

Histórico

O fornecimento de equipamentos para os hemocentros é uma atividade da Hemobrás que vem sendo realizada desde 2007, sempre em convênio com o Ministério da Saúde. Desde esse ano, já adquiriu e instalou 25 sistemas de monitoramento da cadeia do frio (equipamentos que monitoram automática e constantemente as temperaturas dos componentes do plasma para garantir sua conservação); 15 freezers verticais a -30º C para armazenamento de plasma, 38 blast freezers para congelamento rápido do plasma, além do maquinário adquirido em 2013.

A seleção dos hemocentros para receber os itens é feita pela Hemobrás em conjunto com a Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) da Secretaria de Atenção à Saúde do MS, no intuito de qualificar a hemorrede (rede de serviços de hemoterapia em todo o País).

 

Fonte: Portal Brasil