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Dia mundial sem carro: bom para a saúde e para o meio ambiente

- Ascom SE/UNA-SUS



A mobilidade urbana é uma questão muito sensível na sociedade moderna. O Dia Mundial Sem Carro, comemorado nesta terça-feira, 22 de setembro, tem o objetivo de estimular a reflexão sobre o uso excessivo do automóvel, além de propor às pessoas que revejam a dependência que criaram em relação aos carros e motos. A data foi criada na França, em 1997,e foi adotada por cidades de todo mundo.

Transporte público, bicicleta e mesmo a caminhada são alternativas saudáveis e cidadãs, que contribuem com o meio ambiente e com a saúde de cada um. Caminhar ou pedalar por 15 minutos, além de bom para o meio ambiente, já supre a necessidade de exercício diário recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A organização recomenda a prática de 30 minutos de atividade física em cinco ou mais dias por semana. Esse tempo pode ser contabilizado de forma separada nas atividades do dia a dia.

Pesquisa de uma associação de fabricantes de motocicletas, motonetas, bicicletas e similares aponta que a venda de bicicletas tem diminuído no país. A explicação é que a população está trocando a bike pela moto, principalmente nas periferias de grandes cidades. Paralelamente, houve um crescimento do uso das bicicletas no transporte urbano. Há cinco anos, o segmento que era praticamente inexistente é o que tem hoje maior potencial para ajudar o trânsito e a vida nas cidades. A Holanda, por exemplo, tem a bicicleta como principal forma de mobilidade urbana. Estima-se que Amsterdã tenha mais bicicletas do que habitantes: são 800 mil pessoas para 880 mil bikes. Cerca de 32% das viagens dentro da cidade são feitas de “magrela”, enquanto apenas 22% são feitas de carro.

A arquiteta brasiliense Luciana Jobim, tenta incluir em sua rotina o máximo de trajetos feitos com a bicicleta. “Depois de trabalhar com urbanismo, estudar a relação com a cidade, me sinto na obrigação de fazer por onde. Não apenas defender o uso de transportes alternativos, como usá-los também. Comecei a enxergar que as distâncias de Brasília não eram tão grandes como eu imaginava. E, além de tudo, eu incluo exercício físico na minha rotina”, disse.

E você? Que tal aproveitar o dia de hoje e começar a inserir a bicicleta ou caminhadas nos deslocamentos rotineiros? Não é preciso ser radical e abolir ao carro, mas quem sabe trocar a ida a padaria e ao supermercado dirigindo por uma volta de bicicleta ou uma caminhada? Além de ajudar o meio ambiente, o corpo agradece o exercício físico.

Movimento Conviva dá algumas dicas de como fazer do trânsito um local seguro para os ciclistas:

•      Todos têm um lugar mais adequado para trafegar. Ciclistas, patinadores e skatistas devem circular ocupando a faixa da direita e na mão dos carros. Já os motoristas e motociclistas devem manter deles uma distância de 1,5 metros ao ultrapassar (prevista em lei, pelo artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro). Pedestres devem atravessar na faixa preferencial, olhando antes para os dois sentidos, mesmo em ruas de mão única.

•      Crianças podem se distrair facilmente e sair do caminho que estão fazendo. Se elas estiverem pedalando ao lado dos cones, um breve momento de distração pode fazer com que invadam a pista dos carros.

•      Ciclistas, patinadores e skatistas devem evitar grandes avenidas: além do pouco espaço deixado pelos carros, as ruas menores são mais seguras e menos poluídas. Não circule pelo corredor entre os carros quando eles estiverem em movimento. A calçada é destinada para os pedestres, por isso evite circular por elas de patins, skate ou bicicleta para evitar acidentes. Pedestres devem evitar atravessar por entre os carros. Quem está nos carros deve tomar cuidado ao abrir as portas. Jamais ande acima dos limites, pois em menor velocidade é mais fácil evitar acidentes.

•      Não passe ou atravesse no sinal vermelho. E mesmo que a via seja preferencial ou o sinal esteja aberto para você, mantenha-se sempre atento, pois pode haver alguma emergência ou imprudência no trânsito.

•      Você é ciclista, motociclista, patinador ou skatista, use capacete e luvas. A skatistas e patinadores é recomendado também o uso de joelheiras. Para os motoristas, o uso do cinto de segurança é obrigatório e indispensável.

•      Além de usar luzes, refletivos e faróis, sinalize suas intenções no trânsito, avisando o que pretende fazer, e fique atento ao que acontece, tentando antecipar as ações dos que estão ao seu redor.

Road Safety - Em novembro deste ano, o Brasil vai sediar a “2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito – Tempo de Resultados”. Sob a coordenação do Ministério da Saúde em parceria com outros ministérios, o evento deverá reunir aproximadamente 1,5 mil participantes de mais de 150 países membros da Organização das Nações Unidades (ONU), em Brasília (DF). O encontro terá entre os objetivos avaliar o andamento das iniciativas para estabilização e redução das mortes e lesões decorrentes do trânsito em todo o mundo, estabelecidas pela Década de Ação para a Segurança no Trânsito 2011 a 2020.

 

Fonte: Ministério da Saúde, por Gabriela Rocha