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Dia Internacional da Mulher marca luta em favor dos direitos pela saúde

- Claudia Bittencourt



O Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, marca todos os anos a luta pela liberdade, pelo fim do sexismo e da misoginia. Essa luta diária da qual as mulheres são protagonistas também inclui a conquista dos direitos igualitários, como o acesso à saúde.

Para marcar a data, a UNA-SUS selecionou algumas publicações que tratam do tema. Confira!

Foto: Iris Scuccato

O Canal Saúde retratou o tema da violência no programa Bate Papo na Saúde. Para falar sobre o assunto, o apresentador Paulo Bellardi conversou com a coordenadora do Movimento de Mulheres de São Gonçalo Marisa Chaves e Rosângela Maria Sá, que já sofreu violência doméstica e hoje luta para que outras mulheres não sejam agredidas. 

O Blog da Saúde, que traz um panorama histórico da efeméride e aborda os serviços disponíveis no SUS.  Confira a matéria:

Na saúde, o Dia Internacional da Mulher é uma oportunidade de levar informação sobre os direitos das mulheres garantidos pelo Estado brasileiro. Parabéns a todas as mulheres que lutaram e que continuam buscando ampliar seus espaços, em prol da igualdade e do respeito merecidos por todas.

O dia 08 de março é marcado pelo Dia Internacional da Mulher. Historicamente, a data surgiu em homenagem às manifestações de operárias pela redução da jornada de trabalho, na Europa e nos Estados Unidos, no final do século XIX e início do século XX. A data emblemática faz referência ao dia 08 de março de 1857, quando 129 mulheres tecelãs de uma fábrica em Nora Iorque foram reprimidas pela polícia e, ao refugiarem-se nas dependências da fábrica, foram trancadas e carbonizadas no local.

Foto: A Revista Radis publicou a arte sobre o ícone Rosie the Riveter (ou We Can Do it), criado em 1943 por J. Howard Miller, com a figura de uma trabalhadora de produção no período da guerra. A imagem foi usada para promover o feminismo na década de 1980.

A efeméride começou a ser comemorada após a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na Dinamarca, quando o dia foi proposta uma data que homenageasse as tecelãs. Um ano mais tarde, quando milhares de mulheres manifestaram-se na Europa, a data passou a ser celebrada no mundo inteiro.

Entre as conquistas obtidas pelas mulheres nos últimos anos estão, por exemplo, o direito ao voto, a inserção profissional em áreas de atuação que eram exclusivamente masculinas e a autonomia econômica. No Brasil, uma considerável conquista foi a publicação da Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra as mulheres.

 
Foto: Divulgação Luciana Genro

De acordo com relatório das estimativas globais e regionais de violência contra mulheres, publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2013, cerca de 35% de todas as mulheres do mundo vão sofrer violência doméstica ou fora do ambiente familiar, em algum momento de suas vidas. O estudo mostra que, deste número, 30% das agressões será praticada pelo cônjuge, sendo esse o tipo mais comum de violência contra as mulheres. O estudo aponta que 38% das mulheres vítimas de homicídio no mundo foram mortas por seus parceiros.

As vítimas de agressões estão propensas inúmeros problemas de saúde emergentes desse cenário, como lesões, fraturas e contusões em consequência de violência sexual ou física; propensão a doenças sexualmente transmissíveis como sífilis, clamídia, gonorreia e Aids; complicações na gravidez e depressão. Além de outras doenças e agravos, a vítima pode correr risco de morte. A violência contra as mulheres, portanto, se constitui como um grave problema de saúde pública que demanda a atuação do Estado brasileiro e de diversos setores da sociedade.

Atendimento no SUS

No Brasil, quando submetidas a situações de violência, as vítimas devem procurar o Sistema Único de Saúde (SUS), onde serão acolhidas conforme sua condição. O atendimento nas unidades de saúde conta com acolhimento, atendimento multiprofissional humanizado e encaminhamentos necessários. De acordo com a necessidade e o tipo de violência sofrida, os serviços de saúde de referência também disponibilizam a realização de exames, anticoncepção de emergência, profilaxia para DST, inclusive HIV e Hepatite B, preenchimento da Ficha de Notificação, acompanhamento clínico, social e psicológico, entre outras medidas para a atenção integral à saúde.

A lista com os serviços de saúde para atenção às pessoas em situação de violência pode ser acessada por qualquer pessoa no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) – serviço especializado 165 e suas classificações.

Acesse a lista desses serviços.

 Ministério da Saúde possui uma Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher? Confira aqui.

Campanha em Londres

Para combater as agressões contra as mulheres, a agência  London WCRS criou um outdoor que traz uma mensagem de alerta contra a violência doméstica. Desenvolvida para a instituição Women's Aid, a campanha usar o olhar do público para "curar" as feridas no rosto da mulher na imagem. Veja a matéria completa no site Catraca Livre.

Foto: Divulgação London WCRS

Campanha usa vestido polêmico para alertar sobre violência doméstica

Após a grande repercussão que o vestido azul e preto (ou branco e dourado) gerou na semana passada, a unidade sul-africana da ONG Exército da Salvação resolveu usar o viral para uma campanha de extrema importância que alerta sobre a violência contra a mulher.

Foto: Divulgação Exército da Salvação

Com o slogan #StopAbuseAgainstWomen ("Parem com o abuso contra a mulher"), a ONG compartilhou nas redes sociais uma foto de uma jovem loira com hematomas no rosto e por todo o corpo, usando o vestido dourado e branco. A matéria completa está disponível também no Catraca Livre.

Fontes: Catraca Livre, Blog da Saúde, Radis, Ministério da Saúde