Geral

Bancos de sangue fazem apelo para reforçar estoque

- Ascom SE/UNA-SUS



Em todo o Brasil, hospitais, unidades de saúde e hemocentros realizam campanhas para intensificar a doação, com o intuito de reforçar o estoque dos bancos de sangue. O gesto de doar foi celebrado nesta quarta-feira, 25, com o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue.

Segundo especialistas, com a chegada do fim de ano, há uma diminuição das reservas de sangue. Em decorrência das férias, muitos deixam de doar para viajar no período. Em paralelo, estatisticamente também aumenta o número de acidentes e de vítimas que necessitam de transfusão.

“No final do ano, as pessoas costumam viajar, participar das festas e há uma certa desmobilização na doação. É importante que o doador lembre que o atendimento nos hospitais não para e que ele pode programar sua doação antes das férias para suprir os estoques dos bancos de sangue”, alerta o hematologista e hemoterapeuta do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná HC-UFPR, Giorgio Baldanzi.

Como ser um Doador - Para doar sangue, a pessoa tem de gozar de boa saúde, não pode apresentar comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis ou transmitidas pelo sangue, não pode ter feito endoscopia há menos de seis meses e tatuagem ou piercing há menos de 12 meses.

O analista de sistemas Manoel Walacy, 27 anos, já doou sangue quatro vezes. “Eu procuro ir pela manhã. Sempre foi bem tranquilo para doar, nunca passei mal, não machuca”, conta. Doar sangue também não oferece riscos de contaminação ao doador, pois todo o material usado na coleta do sangue é descartável.

Também não pode estar em jejum, mas deve evitar alimentos gordurosos ou pesados três horas antes da doação. Outra recomendação é não fumar duas horas antes ou após o procedimento.

Podem doar pessoas entre 18 e 69 anos, sendo que menores com 16 e 17 anos também podem doar, desde que autorizados por escrito pelos pais ou responsáveis.

O intervalo mínimo entre doações é de 60 dias para homens e 90 dias para mulheres. Para pessoas com mais de 60 anos, o intervalo mínimo entre as doações é de seis meses. Também é obrigatória a apresentação de documento oficial com foto.

Doação de plaquetas - O sangue é essencial para os atendimentos de urgência, realização de cirurgias eletivas de grande porte e tratamento de algumas doenças crônicas que afetam a hemoglobina (responsável por levar o oxigênio dos pulmões para todo o corpo através da corrente sanguínea), como a Falciforme e a Talassemia, além de doenças oncológicas variadas que necessitam de transfusão frequentemente.

De acordo com Baldanzi, O Hospital de Clínicas da UFPR é unidade que mais realiza transplante de medula óssea no país. Dessa forma, o banco de sangue do hospital consome muitas plaquetas, células do sangue importantes no processo de coagulação, usadas por pacientes que se submeteram a transplante de medula e quimioterapias agressivas para tratar cânceres como a leucemia e o linfoma.

“Para a doação de plaquetas, existe um procedimento chamado aferese, diferente da doação de sangue total, que utiliza um equipamento para separar as células coletadas. O sangue entra na máquina, é separado em camadas e as plaquetas são colhidas. O restante volta para o doador. A grande vantagem é que a gente consegue coletar uma quantidade maior de plaquetas em um único doador. Quando a doação é total consegue-se uma unidade de plaqueta; a doação por aferese pode até resultar em até 12 unidades”, explica o hematologista.

Ainda de acordo com o médico, esse tipo de doação normalmente ocorre por meio de convocação de doadores já cadastrados.

Fonte: Ministério da Saúde